Mês do Índio tem programação cultural extensa e gratuita nos Centros Culturais de Belo Horizonte
Abril é o mês em que se comemora o Dia do
Índio (19 de abril) e para celebrar a data a Fundação Municipal de Cultura
(FMC) realiza uma série de ações em parceria com o Movimento Lideranças
Indígenas Aranã Carajá Pataxó Xacriabá – Rede Metropolitana de Belo Horizonte.
É o Abril Indígena Metropolitano, que terá debates, palestras, exibições de
filmes exposição e oficinas voltadas à temática indígena. As ações acontecem
durante todo o mês de abril, em diversos pontos da cidade, incluindo os Centros
Culturais da FMC. As atividades são gratuitas.
A série de ações
especiais tem início no dia 12 de abril, no Centro Municipal de Referência do
Artesanato (Av. Amazonas 2.474, Barro Preto), com a inauguração da “Mostra de
Artesanato Indígena”, que apresenta uma amostra do que é produzido pelos povos
indígenas de Minas Gerais e Bahia. A intenção da exposição é divulgar e
valorizar a cultura indígena em espaços metropolitanos. No dia 18 de abril, a
Assembleia Legislativa de Minas Gerais sedia uma Audiência Pública que irá
debater o tema “Terra - Saúde: Sustentabilidade e Políticas Públicas para os
povos de Minas”. O encontro terá a participação do Movimento de Lideranças
Indígenas Aranã Carajá Pataxó Xacriabá da RMBH.
No dia 19 de abril,
Dia do Índio, quem passar pela Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza,
poderá presenciar e participar do “Um Dia do Índio”, evento que leva a cultura
indígena para os espaços metropolitanos, com produção de artesanato,
apresentação de ervas medicinais, pintura corporal e oficinas culturais
diversas. A ação tem a colaboração do “Movimento Tô de Alta”, desenvolvido pelo
Conselho Distrital de Saúde da Secretaria Regional Leste.
No dia 27, o Centro
Cultural Urucuia (Rua W3, 500 Urucuia) promove uma série de encontros e debates
sobre a temática indígena. Às 9h, lideranças indígenas da RMBH e convidados
especiais discutem “O papel dos Povos Indígenas e Não Indígenas na construção
de Políticas Públicas para Indígenas que vivem nas cidades”. A partir das 13h,
haverá uma projeção de filmes de curta-metragem sobre indígenas que vivem nas
cidades, seguida de mesas de trabalho que debaterão ações afirmativas para os
povos indígenas da RMBH.
Ao final, indígenas
residentes em Belo
Horizonte realizam no local uma oficina de pintura corporal.
Fechando a série de
ações especiais, no dia 30 de abril, a Câmara Municipal de Belo Horizonte
inaugura no Hall de entrada a exposição itinerante “Índios na Cidade”, com
fotografias e textos indígenas sobre a presença dos índios na RMBH.
Exibição de Filmes
Durante todo o mês, os
Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura promovem exibições de filmes
que retratam a temática indígena. Um dos programas em exibição, o “Brasil
Indígena”, apresenta quatro curtas-metragens com visões particulares sobre o índio,
dos anos 1960 até a virada do milênio. Também será exibida uma série intitulada
“Vídeo nas Aldeias”, que reúne filmes provenientes dos povos Kuikuro (MT),
Panará (PA) e Huni Kui (AC). Os filmes dessa série têm em comum uma intimidade
elementar entre quem está por trás da câmera e quem aparece diante dela,
deixando claro que a assimilação de tecnologia tem sido uma aliada natural no
fortalecimento de culturas tradicionais. A programação completa das exibições
de filmes pode ser vista no site www.pbh.gov.br/cultura ou pelo portal
bhfazcultura.pbh.gov.br.
Outra ação importante de debate da cultura
indígena será promovida pelo Escritório de Direitos Humanos da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Após a exibição do filme
“Mato Eles?” do diretor Sérgio Bianchi, o EDH promove uma roda de debate com o
público presente, tratando da questão indígena. O filme, produzido em 1982,
aborda a questão indígena brasileira com enfoque na reserva de Mangueirinha, no
sudoeste do Paraná, onde viviam os remanescentes de três tribos: Kaigang,
Guarani e Xetá. As exibições e debates acontecem no Centro Cultural Venda Nova
(dia 16, às 15h); Centro Cultural Salgado Filho (dia 19, às 14h30); e no Centro
Cultural Pampulha (dia 23, às 19h).
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