20 anos de Mulheres Emergentes é festejado com sarau no Conservatório de Música

Por Brenda Mar(que)s

O fim-de-semana acabou, mas o ativismo cultural dos poetas continua...Hoje os participantes das últimas edições da editora alternativa Mulheres Emergentes, coordenada por Tânia Diniz, uma das autoras de Nós da Poesia, fazem um sarau aberto ao público de 19h às 22h no Conservatório Mineiro de Música.

O Conservatório fica num belo prédio, localizado no centro de Belo Horizonte (avenida Afonso Pena 1534). O edifício foi construído no ano de 1926 em estilo neoclássico e é tombado pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).

No sarau estarão à venda as antologias Mulheres Emergentes 18 e Meninos ME. O poeta Cláudio Márcio Barbosa oferecerá pães e patês do restaurante Dona Preta aos presentes.

Como sou uma das autoras da Antologia ME 18, deixo aqui um poema de minha autoria, publicado no livro.


*Mulher Folha e Amante Fuligem
*



Elemento de um só nó
vida vivida na vertente
dessa transitoriedade latente
Lida de levar a vida
No compasso a passar
Por caminhos só de ida.
Anda a incerteza do amor
Por caminhos tão distantes
Que dispersam todas as luzes.

A paisagem não sabe dizer
Se poesia é árvore ou fruto
Mas ela está a brotar e crescer.

Folhagem e fuligem
O poema queima a paisagem
Até o gozo refrescar o corpo.

A poesia é mulher ou amante?
Homem sem história talvez?
O poema não guarda a memória
Ele faz a sua própria história
Sem palavras, traços ou riscos.

O poema retoma ao giz-de-cêra
De uma infância de cores
Para aliviar as dores
De quem nesta arte
Será sempre aprendiz.


(Poema escrito em comemoração ao dia Mundial da Poesia - 21 de março de 2007 - entrada da primavera no hemisfério e do outono no hemisfério Sul e Dia da Árvore)

Mais informações:
Tânia Diniz poeta e editoratelefax (31) 3332 21

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