Marcha pelo direito à Educação na Colômbia é marcada por protestos criativos e ousados

MARCHA PELO DIREITO À EDUCAÇÃO - Bogotá e outras cidades colombianas

Por Clevane Pessoa
Vice-presidente do IMEL

Neste final de semana, recebo essa fotorreportagem, mostrando a grande mobilização na Colômbia, pelo Direito à Educação.Dos mais importantes, depois da LIBERDADE, dentre os Direitos Humanos mundiais.Educar é ampliar a visão sobre todas as coisas, caminho que leva ao desejo de ser livre para saber, opinar, ponderar, contestar, protestar.Por isso, para alguns donos do Poder, manter uma população sem condições de educação em sentido lato, é também manter o povo o cabresto, menos capaz , em muitos sentidos.

No entanto, podemos argumentar que hodienamente, em época de Internet, pode-se obter uma grande massa de informações.Contudo, apenas receber a Mass Media, não significa que se saiba filtrar o que realmente faz crescer, separar o joio do trigo, saber ler nas entrelinhas.

No Brasil, temos comprovado os esforços da juventude, do professorado e da juventude estudantil, desde sempre e principalmente durante os Anos de Chumbo da Ditadura Militar, no sentido de derrubar muros que impeçam o livre arbítrio, para que a necessidade de mudar para meljhor possa acontecer.Na América Latina, podemos dizer que o povo tem a Liberdade de ser e estar no coração (vejam a foto de um grande coração nas mãos de um participante da marcha), mas que amarras, peias, cabrestos e antolhos são-lhe colocados para que não possa se expressar livremente.Durante o impeachment do presidente Collor, a juventude foi ´pas ruas, pintados de verde amarelo-depois denominada "Caras Pintadas" - e parece que somente então, o coração popular começou a pulsar sem taquirritimias de medo, para pulsar em uníssono com a voz do povo.

Acredito no Poder popular dos jovens.Sou pacífica sem ser passiva, aplaudo que educadores unam-se a alunos.Isso é ter esperança, um fenômeno pulsátil capaz de alimentar ideias e fomentar novas energias.Por isso, repasso a reportagem abaixo, a mim encaminhada por George Sander, do Coro Coletivo ao qual eu pertenço (George Sander san7geo@yahoo.com.br), Poeta que faz Poesia Concreta com a força das imagens de sua fotografias. Foi-lhe tudo enviado por Ximena Rivera (Participación y Organizaciones-Subdirección para la JuventudSecretaría de Integración Social).

A marcha colombiana teve a alegria da juventude, os símbololos da insatisfação, palavras de ordem e chamamento doram escritas em guardachuvas e sombrinhas, pessoas protestaram mascaradas ou de cara limpa e até nuas. Analisem as fotos enviadas. Ir para as ruas protestar é, evidentemente, correr riscos. Nunca se sabe os efeitos causados nos opressores, nunca se sabe até onde a violência pode eclodir, mas os seres humanos enquanto existem, precisam de expressão corporal,a existência corporal é um de seus atestado de identidade, o outro é a identidade da alma.E essa trás atavismos, cultura de sua gente, condicionamentos , costumes, ninguém pode ilhar-se negando os sentimentos coletivos.Há quem tente, mas como existir fragmentado, sem esta coligado aos desejos do todo?

Há uma lógica e uma força extraordinária , no coro -desde as das tragédias gregas, representações c~encias de algo pessoal associado ao bom senso do status quo, sim , mas que muitas vezes foi usado para derrubar um velho status quo e substituí-lo pelo novo.
Somente quando há um desejo legítimo de mudanças, pode-se exercer a dialógica, muito mais coerente que a dialética.Doria escreveu que "a lógica do dizer permite-nos dizer a ordem do mundo", em sentido canalizado, a ordem de um povo. Essa necessidade de não apenas pensar, mas sair às ruas, faz com que o corpo físico seja a expressçao de um desejo. Ou muitos. E a voz em uníssono se faz ouvir.Esse corpo que deixa de ser individual para ser colotivo, é o "horáton" , ou seja, o visível.Aquilo que deve , por se r imperiosa a mudança de algo importante, ser visto, compreendido, respeitado.O enorme corpo reatividado, do corpo docente e discente , que quer Educação.Nada mais justo.

Então, leiam a reportagem e vejam a imagem.

Arriba Colombia !

Clevane Pessoa de Araújo Lopes.
Belo Horizonte, 09/09/2011

E um poema:

Das partes do Todo

Clevane Pessoa

O povo nas ruas é um corpo pleno de sistemas
de órgãos, de desejos.
Não perguntam, mas afirmam.
as respostas têm centenas de perguntas ,
mas as pessoas as connhecem.
Os olhares chispam milhares de mensagens
num código morse de seculares codificações.
O povo é um sujeito indiomável,
mesmo se amordaçado.
mesmo quando algemado.
Se um é preso ou torturado,
imediatamente,
por uma força maior é ressuscitado.
Ninguém morre ,
quando ninguém se cala.
Qualquer objeto de desejo de classe,
não pertence ao indivíduo sozinho:
mas a todos:é um motivo na situ/ação,
num lugar de ser para estar,
o movimento que gera mudanças.
Antes de ser errático,
deve-se ser mensageiro da POIESIS:
-ser pacífico não signifa ser passivo,
conforme venho escrevendo há décadas,
flor depois da estação úmida
que ainda guarda o mistério do existir.

Fotos enviadas por Ximena e repassadas por George Sander,
membro do CORO COLETIVO ao qual pertenço..

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