Glauber Rocha - 30 anos sem ele.

Sobre GLAUBER ROCHA

Clevane Pessoa

Para Everi Carrara, que sabe salvar a Memória dos que se vão mas aqui permancem entre nós:

A calma e a lucidez em transe,
traduzida em imagens preto-brancas, nívea-ebúrneas ,
no movimento das pessoas nas passagens das entranhas
de emoções compartilhadas,
nas ações sobre a terra, pois "tenho duas pernas e dois pés
e sob ele, Terra" disse o poeta (*)
que descansa agora-ou rodopia e canta
em outra dimensão.
As cenas que levaste às telas, do imaginário humano,
da realidade desumana, são agora patrimônio de tua genialidade.
A POIESIS cênica , mesclada à roteirização
das revoltas, devaneios, vivências e insistências
da sofrida gente nas terras brasilis,
sempre serão admiridas, assistidas, aplaudidas.
Hoje, és ícone de um tempo que registraste , na arte sétima,
com decodificação lógica
e inspiração última.
Mas teu Cinema é o último de uma era,
que se si próprio recomeça:
a-fila-que-anda
o sol, o diabo e deus
na crença que desanda
em tantas almas gritantes,
maltrapilhas de vãs esperanças .

GLAUBER, rocha em meio
a oceano de combates
a água bate-bate
-mas não te derrubará, pois tua matéria
e a quela rara que se multiplica
de sua própria existência.

Não morreste, não morrerás.(*) Versos do artista plástico,ator e poeta Claudio Augusto de Miranda Sá, que o conhecia


"A falta que ele nos faz – 30 anos sem Glauber Rocha
19/Agosto/2011
Dia 25, quinta-feira, às 19h, será exibido Barravento (1961), premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963 – um filme em preto e branco que, 40 anos após sua produção, atraiu mais de mil pessoas à maior sala de exibições do Festival de Veneza. Os comentários ficarão por conta do cineasta e coordenador geral da Federação Paraense de Cineclubes- Paracine, Francisco Weyl, no teatro das Bacabeiras. Francisco Weyl volta ao teatro das Bacabeiras no dia 26, sexta-feira, às 20h, com a palestra Glauber e Nietzsche – Poetas da Síntese, após a exibição, às 18h, de um dos mais polêmicos filmes de Glauber: Deus e o diabo na terra do sol (1964), que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes e arrebatou prêmios nos festivais de cinema do México e da Itália.
LEIA MAIS AQUI: http://www.correaneto.com.br/site/?p=12744

--
Carpinteiro de poesia e de cinema
© Francisco Weyl"

Comentários

Postagens mais visitadas