Centro de Defesa dos Direitos Humanos da População de Rua é inaugurado em BH

Com música, alegria e a presença de diversos movimentos populares, foi inaugurado na quinta-feira, dia 7, o Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e dos Catadores de Materiais Recicláveis (CNDDH), ocupando uma bela casa no Barro Preto, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A casa contará com uma equipe que integra advogado, assistente social, psicólogo, educadores sociais e agentes sociais com o objetivo de assegurar direitos, prevenir e combater atos de violência pessoal e social contra os catadores e as pessoas que vivem na rua.

O CNDDH é o resultado de uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a Pastoral do Povo da Rua, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Fundação Banco do Brasil, Petrobrás, Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável, o Movimento Nacional da População de Rua e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Na mesma casa, funcionam agora a sede das duas entidades.

O deputado André Quintão participou da solenidade de inauguração representando o presidente da Assembleia Legislativa e elogiou a iniciativa, lembrando que em Belo Horizonte os catadores e os moradores de rua têm uma luta reconhecida com avanços na promoção da sua cidadania desde o final da década de 80. “Quem acompanha essa trajetória enxerga os passos importantes que foram dados reconhecendo essa população como sujeito de direitos e os diferentes ritmos e práticas de cada um rumo ao seu processo emancipatório. “BH dará o exemplo ao sediar os eventos esportivos em 2014 com absoluto respeito à população de rua”, apostou.

Os moradores de rua e catadores foram, efetivamente, protagonistas da solenidade, garantindo a música, dança e apresentação. Documento lido pela coordenadora Nacional do Movimento Nacional dos Moradores de Rua, Maria Lúcia Santos, lembrou cada violência registrada desde os anos 80 em todo o País e informou que ainda em 2010 foram 62 assassinatos de moradores de rua, considerando-se os números oficiais do Ministério Público.

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