Movimentos Sociais dizem não à Belo Monte no Dia Internacional de Luta contra barragens

Por Brenda Marques Pena*

Março não é só o mês internacional das mulheres e da poesia, mas também de luta conta as barragens, pela água, pelos rios e pela vida. Nesta segunda-feira divermos movimentos sociais em todo o Brasil fizeram um dia de manifestações contra a construção de hidrelétricas.

No Pará, os municípios de Anapu, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Altamira participaram da reivindicação mundial. A concentração dos movimentos sociais da região do Xingu - todos contrários à construção da usina de Belo Monte foi em Altamira. Segundo informações do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB), a ideia do movimento é conscientizar a população sobre os prejuízos na área caso a obra continue.

Em fevereiro foi entregue nas mãos da Presidente Dilma Roussef, em Brasília um abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas de brasileiros e estrangeiros contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú, Pará.


Na ocasião cerca de 100 pessoas entre índios, comunidades ribeirinhas, pequenos agricultores, ambientalistas e simpatizantes protestaram em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, e levaram a carta ao Palácio do Planalto.

Participaram dos protestos desta segunda, 14, Dia Internacional da luta contra barragens vários movimentos sociais, entre eles, os de pescadores que lançarm as redes no rio Xingu e assaram pescado em praça pública para distribuir aos manifestantes e uma enorme rede de pesca foi tecida para simbolizar a união da categoria. Segundo o coordenador do MAB, Michel Alves, o protesto é uma forma de contestar a liberação da Licença Ambiental, concedida pelo Ibama. "O Ibama, que é responsável por preservar as nossas riquezas, é o mesmo que concedeu uma licença para destruir à nossa ecologia".

A próxima manifestação contra as barragens está marcada para o final do mês em Santarém. O movimento Aliança Tapajós Vivo (ATV), que conta com a participação de um conjunto de organizações locais, programa para os dias 28 e 29, em Itaituba, um evento para protestar contra os projetos de construção de UHEs na região do Tapajós.

Segundo o padre Edilberto Sena, coordenador da ATV, é importante ter um dia de luta para despertar da população. "Assim como tem o Dia da Mulher, é preciso ter uma data alusiva à defesa da Terra e do nosso ecossistema. O governo brasileiro condiciona duas formas de gerar energia elétrica: ao petróleo e às águas dos rios, quando poderiam priorizar outras tecnologias, já que dinheiro para pesquisas existe", afirma.


*Brenda Marques Pena é jornalista e presidente do Instituto Imersão Latina. Colaborou com o envio de informações para esta matéria Ilma Teixeira, de Belém, do Pará. Seja também um colaborador do Imersão Latina, envie informações para info@imersaolatina.com. Cadastre-se também em nossa rede http://imersaolatina.ning.com e poste seus textos, fotos e vídeos.

Comentários

Otavio Silva disse…
Sou contra desde o inicio, um absurdo um castelo de pedras desses, que nem ao menos poderá trabalhar com sua capacidade máxima, então para que tão enorme absurdo, existe vidas ali, sou contra! totalmente contra!