XI edição Festival do Teatro Brasileiro está com inscrições abertas até 24 de janeiro

Em sua décima primeira edição, o Festival do Teatro Brasileiro seleciona espetáculos de teatro e dança de Minas Gerais para a programação em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Poderão se inscrever grupos de todo o estado de Minas Gerais no período entre 27 de dezembro de 2010 e 24 de janeiro de 2011, através de ficha de inscrição disponível no site http://www.alecrim.art.br/.

A seleção será feita por uma curadoria formada por jornalistas e críticos de teatro, que analisará todas as propostas apresentadas levando em consideração o ineditismo do espetáculo nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, a excelência artística do espetáculo e a qualificação dos profissionais envolvidos. O regulamento completo se encontra no site http://www.alecrim.art.br/ Em março de 2011, serão conhecidos os espetáculos selecionados.

O Festival do Teatro Brasileiro promove mais uma vez o intercâmbio cultural entre estados brasileiros. Depois de apresentar, em abril e maio deste ano, espetáculos de grupos cearenses para cerca de 16 mil pessoas nos teatros de Minas Gerais e Espírito Santo, o FTB levará para SP, PR e RS uma amostragem do teatro feito em Minas Gerais. De abril a julho de 2011, será realizado o FTB – Cena Mineira, etapas SP, PA e RS

As inscrições já estão abertas! Serão selecionados espetáculos em teatro e dança, nas categorias Adulto e Infantil, contemplando várias vertentes das artes cênicas de Minas Gerais. O Festival do Teatro Brasileiro, que está em sua décima primeira edição, conta, desde 2009, com o patrocínio da Petrobras e o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura/ Ministério da Cultura / Governo Federal.

O teatro mineiro já foi tema de duas das edições do FTB. Em 2005 o projeto foi realizado em Brasília e em 2007 no Rio de Janeiro. Com essa terceira edição , a proposta do FTB é dar continuidade a difusão do que é mais representativo na produção de artes cênicas de Minas Gerais.

Intercâmbio cultural entre os estados

Criado em 1999, o Festival do Teatro Brasileiro tem como um dos seus objetivos divulgar a produção teatral brasileira para os brasileiros. A cada etapa, um estado tem a chance de conhecer o produto cultural de outro estado. Além da Cena Baiana no Ceará e no Maranhão e da Cena Pernambucana na Bahia e em Sergipe, realizadas em 2009, o Festival já levou, por exemplo, a Cena Mineira ao Rio de Janeiro e as Cenas Baiana, Mineira e Pernambucana para Brasília. "A possibilidade de mostrar um painel representativo da produção cênica de um estado para o público de outro estado é uma das singularidades do FTB", explica Sergio Bacelar, da Alecrim Produções Artísticas, de Brasília, idealizador e coordenador do Projeto.

O FTB se preocupa também em formar plateias e melhorar o acesso do público ao teatro, sem distinção de classe social. Como detalha Sergio: “Um dos principais compromissos do FTB é o de democratizar o acesso a bens culturais, a partir de apresentações em teatros, praças e feiras. E isso é realizado tanto de forma gratuita quanto com apresentações exclusivas para alunos da rede pública”.

Curadoria

A seleção dos grupos e espetáculos começa antes mesmo das inscrições ou convites. Curadores e produtores do FTB realizam uma pesquisa prévia, nos estados que receberão o evento, que permite conhecer melhor o público das localidades, seus gostos, além das potencialidades e deficiências do contexto onde estão inseridos. A partir destas informações, a curadoria comporá um painel mineiro representativo de montagens diversificadas. Nesse sentido, ela se reserva o direito de convidar espetáculos que achar fundamental para a composição da programação do FTB – Cena Mineira.

FTB e o Foco na Formação

Além de apresentar a preços populares ou de graça espetáculos de qualidade, uma das intenções do Festival do Teatro Brasileiro é contribuir para a qualificação de profissionais das diferentes etapas da cadeia produtiva das artes cênicas. Por isso, paralelamente às apresentações teatrais, o FTB realiza nos estados visitados oficinas de qualificação profissional.

Outra intenção do FTB é estimular a participação de estudantes da Rede Pública de Ensino nas apresentações dos espetáculos. Desse modo, na programação de atividades do FTB a formação de plateia se faz intensa. Milhares de estudantes, a cada etapa, são acompanhados por arte-educadores em sala de aula antes e depois de assistirem aos espetáculos. Um processo que aproxima da escola a produção artística e fruição cultural.

Festival do Teatro Brasileiro (histórico)

O Festival do Teatro Brasileiro começou a ser desenhado em 1997, quando a Alecrim Produções Artísticas começou a produzir espetáculos de grupos da Bahia em Brasília. A experiência mostrou que o teatro baiano oferecia espetáculos de excelência, com diferentes linguagens, que poderiam compor uma mostra.

A primeira edição da Mostra de Teatro da Bahia foi realizada em 1999. Os resultados alcançados levaram à realização da segunda edição no ano seguinte. Cada edição contou com a participação de quatro espetáculos. Com um intervalo de dois anos, o projeto alcançou importante grau de amadurecimento, passando a se chamar Festival do Teatro Brasileiro (FTB) para que pudesse propor o intercâmbio para outros estados. Naquele ano, o foco ainda foi a Bahia e se chamou FTB – Cena Baiana, quando foram apresentados oito espetáculos. Destacaram-se nessas primeiras edições a participação do então promissor ator Wagner Moura; e das atrizes Rita Assemany, com o espetáculo Oficina Condensada, e Nilda Spencer, grande nome do teatro brasileiro.
Em 2003, foi a vez do FTB – Cena Pernambucana, com a apresentação de sete espetáculos. Nesse momento, o Festival deu um novo passo, acrescentando à programação apresentações de rua; além do deslocamento de algumas apresentações para as cidades do entorno e a realização de oficinas de qualificação profissional. Foram destaques naquela edição o Grupo Piane, com o espetáculo “Ditirambos”, e, Geninha da Rosa Borges, veterana do Teatro Pernambucano.

Dois anos depois, foi a vez da Cena Mineira com oito espetáculos. Mais uma vez o projeto inovou com a realização de oficinas de média duração. Uma de construção de instrumentos e transmissão de ritmos da cultura musical popular para 180 jovens em situação de vulnerabilidade; e outra para três jovens grupos de Brasília, com 240 horas de trabalho, coordenada por Chico Pelúcio, ator do grupo Galpão.

Em 2007, o projeto ocorreu pela primeira vez fora do Distrito Federal. Iniciava em 12 de janeiro, o FTB- Cena Mineira no Rio de Janeiro, mesma data em que estreavam outras 22 produções teatrais na Cidade Maravilhosa, vitrine do teatro brasileiro. Apesar da forte concorrência, os resultados não poderiam ter sido melhores. A taxa de ocupação em todas as sessões foi superior a 90%; as apresentações de rua empolgaram a platéia; e a mídia deu amplo destaque, o que comprovou o potencial do projeto.

A oitava edição do Festival do Teatro Brasileiro ocorreu no primeiro semestre de 2009, com o intercâmbio entre o teatro pernambucano e os cenários da Bahia e Sergipe, mobilizando cerca de 16.000 espectadores para as 40 apresentações. No mesmo ano o FTB realizou sua nona etapa, com a Cena Baiana sendo apresentada nos estados do Ceará e Maranhão. Ao todo foram 17 espetáculos vistos por quase 20 mil pessoas.

A décima edição do Festival, com a apresentação da Cena Cearense em MG e ES teve, nas suas 76 ações, um público superior a 16.000 pessoas. As 30 apresentações e 03 exibições de Vídeo-Dança realizadas em Belo Horizonte, Betim e Sabará, mobilizaram, um público de 6.129 pessoas. Em Minas Gerais, foram destaques de público e de crítica especializada, as apresentações dos espetáculos Uma Flor de Dama e Raimundinha.

No que se refere à formação de platéia, cerca de 5.750 alunos assistidos por diferentes instituições, compareceram às apresentações gratuitas nos teatros. O FTB inovou levando 04 apresentações em Minas Gerais e 10 no Espírito Santo para dentro das escolas, centros de juventude e centros culturais de bairros periféricos.

Outros importantes resultados, impossíveis de serem projetados, foram observados. A contribuição para o fortalecimento da alta estima dos grupos cearenses e uma fissura no preconceito pré-existente entre os humoristas e os demais segmentos das Artes Cênicas.

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