Oratórios da Fome e Inconfidentes de Aleijadinho lembram a história da Inconfidência Mineira no dia de Tiradentes


Nesta quarta-feira, feriado de Tiradentes no Brasil o Quarteirão Fechado Xacriabá (da Praça Sete de Setembro de Belo Horizonte) recebe a mostra intitulada “ Os inconfidentes de Aleijadinho e os Oratórios da Fome” do artista plástico Severino Iabá. A exposição pode ser vista de 9 às 14 horas.

Foram selecionados 12 Oratórios do projeto de arte pública em andamento “ Fome nunca Mais - Memórias de um Sacrifícios” para esta mostra na capital mineira, representando assim os 12 profetas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que retratou os principais envolvidos na Inconfidência Mineira liderada por Tiradentes, segundo alguns pesquisadores, como a Isolde Hans Venturelli, diplomada de artes plásticas, didática e ciências jurídicas.

Os oratórios criados a partir de caixotes vazios de frutas serão expostos no chão da praça na forma de um círculo. No interior de cada oratório, um prato de alumínio contendo imagem digitalizada capturada pelo artista do lado de sua outra instalação “ O sacrifício” realizada em praças de 12 cidades brasileiras entre 1999 e 2000.

Através desta Mostra no dia 21 de abril, o artista exporá os resultados de sua experiência estética e política vivida há dez anos, num dos momentos críticos da sociedade brasileira, propondo neste momento um diálogo com a arte de Aleijadinho e os ideais revolucionários da Inconfidência Mineira.

Estes mesmos oratórios já percorreram com outro formato outras cidades de Minas e do Brasil , como Poços de Caldas e Contagem (MG), Recife (PE) e João Pessoa (PB) e Surubim (PE) e depois de Belo Horizonte, seguirão para Brasília – DF , com mostra definida para o dia 1º de maio na praça dos Três Poderes.

Severino Iabá,artista plástico, professor e ecologista iniciou nas artes plásticas ainda estudante sobre influência dos murais do artista plástico Francisco Brenannd criados em sua cidade natal e no Recife. Na década de 80, tornou-se religioso Marista, dedicando-se as questões educacionais. Na época, participou das “Diretas já” e de outros movimentos sociais, como as manifestações mundiais contra a pesca da Baleia. Como artista, criou escola de arte, participou da formação de grupos de artistas e de várias exposições individuais e coletivas, sendo premiado em salões de artes e selecionado na I Bienal Nacional de Santos com sua instalação “Espatifou-se” em 1991.

Depois de residir em Fortaleza, Recife, Natal e João Pessoa, transferiu-se para Belo Horizonte em 1993,onde continuou ligado aos movimentos sociais,culturais e ambientais de Minas. Alguns projetos de arte pública desenvolvidos em Minas Gerais:“ Intercâmbios”, “Terra do Sol, há vida...há morte”, “Valência Básica” “ O sacrifício -via-crúcis da fome e do desemprego”, "Guardiões pelo Chico", “Manifesto das Flores”. Operações de artes em andamento “ Rosas do Mundo”em homenagem ao Centenário De Guimarães Rosa, criou com a participação de outros artista de Minas o folguedo popular “Boi Rosado”. Em 2009 iniciou em Minas o projeto “ Fome Nunca Mais – Memórias de um Sacrifício”.

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