Os imperialistas de hoje e os do Brasil Colônia: o quinto dos infernos em dobro
Por Brenda Marques*
A expressão brasileira "quinto dos infernos" tem origem no século XVIII quando como colônia de Portugal éramos obrigados a pagar 20% de toda produção do país à Coroa Portuguesa. Hoje, esse valor chega a ser quase o dobro. Os tributos que pagamos continuam indo para o Império, já que boa parte desses é utilizada para pagamento da "dívida".
Esse "quinto dos infernos" mostra o quanto a exploração no Brasil pelas potências imperialistas continua vigente. Quando a Corôa Portuguesa quis com a Derrama cobrar os quintos atrasados provenientes do ouro, um grupo se revoltou em Minas Gerais e realizou a "Inconfidência Mineira" . O líder Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes foi enforcado e virou mártir da resistência e um dos símbolos do processo de "independência" do Brasil a Portugal.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano em 38%, praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Atualmente, a carga tributária é praticamente o dobro do daquela época da Inconfidência Mineira, ou seja, pagamos hoje "dois quintos dos infernos!" Está na hora de novos "Tiradentes" se levantarem contra essa injustiça para exigir a independência do Brasil ao capitalismo internacional!
21 de abril: Dia de Tiradentes
O primeiro sonho de um Brasil livre da colonização portuguesa é lembrado no dia 21 de abril, dia em que Tiradentes foi enforcado , em 1792. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, (12 de novembro de 1746 — 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.
O idealismo de Tiradentes o levou a se envolver de corpo e alma na Inconfidência Mineira (movimento revoltoso ocorrido em 1789, na cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto, a favor da emancipação do Brasil da Corte Portuguesa). Seu envolvimento com a Inconfidência aconteceu após uma viagem ao Rio de Janeiro, em 1787, quando ele entrou em contato com as novas idéias políticas e filosóficas recém-chegadas da Europa.
Esses novos pensamentos o influenciaram fortemente. Ao voltar para Vila Rica, em 1788, passou a divulgar em público os propósitos do movimento mineiro. Foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, em 1789, quando foi preso no Rio de Janeiro. Ficou confinado numa cela durante três anos e no processo de investigação, conhecido como Devassa, foi interrogado quatro vezes e confrontado com todos que o denunciaram. Assumiu a responsabilidade da conspiração, inocentando os outros co-réus e, em 18 de abril de 1789, ouviu sua sentença de morte. Antes de ser enforcado no campo da Lampadosa - atual Praça Tiradentes - no Rio de Janeiro, disse: "Cumpri a minha palavra! Morro pela liberdade!"
O corpo dele foi esquartejado e a cabeça exposta em Vila Rica (atual cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais). Os outros pedaços foram espalhados pelo caminho, seus bens confiscados e sua memória difamada. Só em 1822 Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e em 1865 proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.
Em Ouro Preto e no Rio de Janeiro a data é comemorada com festividades e há uma cerimônica de entrega da medalha Tiradentes a pessoas que prestaram relevantes serviços à causa pública.
Acesse o link abaixo e saiba mais sobre Tiradentes e a Inconfidência Mineira:
Especial - Dia de Tiradentes:
http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diatiradentes1.html
A Inconfidência, 220 anos depois – Por Mauro Werkema
http://www.ouropreto.com.br
*Jornalista, Presidente do Instituto Imersão Latina
Cônsul de Z/L de Poetas del Mundo
http://www.poetasdelmundo.com/
http://www.imersaolatina.com/
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