Mostra de Resistência Indígena: Filme A Sombra de um Delírio Verde é exibido na abertura com debate
A abertura da Mostra de Cultura e Resistência Indígena foi nesta sábado, nos Espaços Ystilingue e 4Y25 Sobrelojas 35 e 74. Edíficio Maletta: Av. Augusto de Lima, 233, no centro, de Belo Horizonte - Minas Gerais. Até o dia 7 de setembro serão exibidos vários filmes que relatam o problema da temática indígena. Na foto abaixo, os participantes da mostra exibiram cartazes em solidariedade aos povos, inclusive a luta de Felipe Duran, que foi preso por fotografar as injustiças com os povos Mapuche, no Chile. A mostra, se solidariza com todos os povos e faz uma campanha de apoio aos Guarani Kaiowá, que vive no Mato Grosso do Sul e tem sofrido com a expansão do agronegócio da cana de açúcar e também com a expansão agropecuária.
O primeiro filme exibido na mostra foi "A Sombra de um Delírio Verde", O documentário escancara uma situação muito difícil de ser encarada, afinal, ninguém quer ver indígenas maltratados, mas esta é uma realidade que ocorre com muitos povos.
Durante o debate Avelin Rosana, indígena que integra o Instituto Imersão Latina disse que já foi discriminada junto com o companheiro e a filha até na hora de subir no ônibus, porque estava com traje típico.
German Milich, de A Grande Minoria, compartilhou que não consegue ver o povo indígena sofrer, que é preciso uma ação afirmativa, para que essa situação se reverta.
À Sombra de um Delírio Verde from Midiateca Copyleft on Vimeo.
Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.
Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.
Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.
#povos indígenas resistem, por Brenda Marques. |
Avelin Rosana, por Brenda Marques |
Durante o debate Avelin Rosana, indígena que integra o Instituto Imersão Latina disse que já foi discriminada junto com o companheiro e a filha até na hora de subir no ônibus, porque estava com traje típico.
German Milich, de A Grande Minoria, compartilhou que não consegue ver o povo indígena sofrer, que é preciso uma ação afirmativa, para que essa situação se reverta.
Exibição do filme, German Milich com a mão nos olhos, disse que não consegue ver este drama que ocorre com os indígenas e é preciso agir. Confira programação completa da mostra em: Cobertura em fotos da abertura no facebook.com/imersaolatina: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.868779003235438.1073741829.101191863327493&type=1
O documentário está disponível no vímeo:
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À Sombra de um Delírio Verde from Midiateca Copyleft on Vimeo.
Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território.
Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.
Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.
Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.
À Sombra de um Delírio Verde
Tempo: 29 min
Países: Argentina, Bélgica e Brasil
Narração: Fabiana Cozza
Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu
thedarksideofgreen-themovie.com
Países: Argentina, Bélgica e Brasil
Narração: Fabiana Cozza
Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu
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