Memorial Luiz Lyrio
Quem sou eu?
"Se soubesse essa resposta...
Ah, se eu soubesse essa resposta...
Vivo o eterno dilema dos mineiros:
"Quemcossô? Oncotô? Proncovô?"
(Luiz Lyrio)
O professor produziu cinco livros intitulados "Nos Idos de 68", "Marcas de Baton", "Abdução", "Entre a morte e a vida", "A Guerra do Fim do Mundo" (prestes a ser lançado) no mercado editorial.
Memorial Luiz Lyrio
Por Clevane Pessoa
http://clevanepessoa.net/
Quando encaminhei Luciana Tannus a Luiz Lyrio, foi por dois motivos: primeiro, serem mineiros de Belo Horizonte, pessoas de minha estima e estarem morando ambos, em Aracaju, Seará. Ela, acompanhando o esposo, que foi para lá por motivo de trabalho. Ele, para cumprir um desejo pessoal de morar perto de praia, apesar de mineiro, o pai era pernambucano e ele adorava o mar, e assim, usufruir melhor sua aposentadoria. Ambos foram por mim indicados para Embaixadores Universais da Paz, pelo Cercle Universel de Les Ambassadeurs de la Paix, Genebra, Suiça. Os dois sempre foram militantes pela justiça no mundo.
Em segundo, para que ela pudesse auxiliá-lo nas atividades literárias - o que deu certo. Ela tornou-se revisora e representante de "Estalo, o Tablóide", editado por Luiz Lyrio.
Marco Aurélio Lisboa, nosso amigo comum, visitara Luiz no hospital e trouxe-nos notícias animadoras, de que encontrara com Lyrio escrevendo ao notebook. Ele lhe pedira para avisar a todos os chegados. Marco Aurélio e eu ficamos de fazer-lhe uma visita juntos, mas ele poderia ir mais vezes, por estar com sua mãe idosa internada em outros hospital, ali perto.
Com essa imagem do escritor em seu notebook, a escrever, tranquilizei Luciana...Mas nunca sabemos quando a pessoa é chamada, tem de irromper seu ciclo da vida neste Planeta. Luiz Lyrio fazia dietas, controles ambulatoriais, tomava remédios, queria viver.
Não houve tempo de o visitarmos, pois na madrugada de domingo Dia dos Pais, parte o escritor por excelência. Lyrioe estava em excelente fase, ministrando palestras, lançando livros. Escrever, escrevia todo o tempo livre, continuamente. Eu revisava seus textos, às vezes por telefone. Ele comentara com Luciana que eu o incentivava muito. A recíproca é verdadeira. Como saio pouco de casa, até colocar envelopes nos Correios para mim , ela se oferecia para colocar. No ar, um clima de paixão, mas a amizade sempre ultrapassou tudo mais. Sempre o admirei e isso foi realmente uma tônica.
Não fui ao velório nem ao enterro, pois minha saúde é bolha de sabão, preferi lembrar-me dele vivo. Passei dia, noite e madrugada, atendendo ao pedido dos familires de Luiz, a avisar todos que o conheceram. A lista era imensa, então pedi em efeito dominó, que um avisasse ao outro.
Publiquei memorial com textos dele, busquei fotos em meu arquivo, reli os seus blogs, as orelhas de meu livro EROTÍSSIMA, onde estão suas palavras.
Poeta, escritor nao morre, não enquanto o lembrarmos.
Clevane Pessoa
Embaixadora Universal da Paz (CUAP)
Obs: Quem quiser mandar algo para esse Memorial, basta enviar para: clevaneplopes@yahoo.com.br
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Homenagem ao amigo Luiz
Clevane Pessoa
Embaixadora Universal da Paz (CUAP)
Obs: Quem quiser mandar algo para esse Memorial, basta enviar para: clevaneplopes@yahoo.com.br
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Homenagem ao amigo Luiz
Por Luciana Tannus
Hoje, o dia amanheceu mais triste e saudoso pela perda de um grande amigo da arte, da poesia, da prosa e, acima de tudo, da educação: o professor Luiz Lyrio. Esse homem que ajudou a construir a “História” de muitas vidas no exercício de sua profissão. Um homem atuante e escritor que tanto lutou pela propagação de nossa cultura e pelo reconhecimento, não somente, de seus trabalhos, mas também, pelo trabalho de inúmeros “amigospoetas”, que, ele fazia questão de divulgar em seu jornal literário “Estalo – o tablóide”. Projeto que vinha sendo desenvolvido desde 2002, um espaço aberto para a publicação gratuita de textos e livros de autores contemporâneos.
No dia 15 de julho, o professor havia me encaminhado um e-mail me indagando sobre a possibilidade de eu assinar o seu projeto como diretora de divulgação do Estalo. Fiquei muito contente pelo convite, mas como eu estava de viagem marcada para Belo Horizonte, no dia 17 de julho, lhe pedi que me considerasse a possibilidade após as minhas férias. E, justamente, no dia de sua partida, 08 de agosto, eu peguei o vôo de retorno a Aracaju, sendo surpreendida por essa triste notícia, na manhã de segunda-feira.
Fica aqui, a minha homenagem ao ilustre e vanguardeiro professor, que primava pela didática e pela excelência em tudo a que se dedicava em prol da cultura de nosso país.
Não mais podemos contar com a sua presença física, mas a sua amizade permanecerá para sempre em nossos corações.
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