Casa da América Latina completa 3 anos
A Casa da América Latina comemora o 3º aniversário nesta terça-feira, 31 de agosto de 2010, às 18 horas e 30 minutos, na Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ), rua da Glória, nº 01 - Bairro da Glória -Rio de Janeiro, com entrada franca.
Durante a festa, serão agraciados com a Medalha Abreu e Lima: Hugo Chávez, Silvio Tendler, João Luiz Pinaud, Coletivo de Pando (Bolívia) e Os Cinco Heróis Cubanos.
Durante a festa, serão agraciados com a Medalha Abreu e Lima: Hugo Chávez, Silvio Tendler, João Luiz Pinaud, Coletivo de Pando (Bolívia) e Os Cinco Heróis Cubanos.
Conheça a trajetória de cada um dos homenageados e a importância deles para a América Latina:
HUGO CHAVEZ
HUGO CHAVEZ
Hugo Chavez, nascido em 28 de julho de 1954, é presidente da República Bolivariana. Ele é também um crítico do neoliberalismo, da globalização, e das relações exteriores dos Estados Unidos.
Chávez promoveu internacionalmente o antiamericanismo e o anticapitalismo, apoiou a autossuficiência econômica, e defendeu a cooperação entre as nações pobres do mundo, especialmente aquelas da América Latina. Sua atuação na região incluiu a criação da ALBA e o apoio financeiro e logístico a países aliados.
Chávez promoveu internacionalmente o antiamericanismo e o anticapitalismo, apoiou a autossuficiência econômica, e defendeu a cooperação entre as nações pobres do mundo, especialmente aquelas da América Latina. Sua atuação na região incluiu a criação da ALBA e o apoio financeiro e logístico a países aliados.
Poucos governantes, em todo o mundo, são alvo de campanhas de demolição tão odiosas. Seus inimigos têm recorrido a tudo: golpe de Estado, greve petrolífera, fuga de capitais, tentativas de atentados... Desde os ataques lançados por Washington contra Fidel Castro não se via na América Latina uma tal obstinação.
A este respeito, o balanço de Chávez é espectacular, sendo compreensível que em dezenas de países pobres ele se tenha tornado uma referência obrigatória. Reconstruiu, respeitando escrupulosamente a democracia e todas as liberdades, a nação venezuelana com novas bases, legitimadas por uma nova Constituição que garante a implicação popular na transformação social. Devolveu a dignidade de cidadãos a cerca de cinco milhões de marginalizados (entre os quais as populações indígenas) que não tinham documentos de identidade.Assumiu a empresa pública Petroleos de Venezuela S.A. (PDVSA). Desprivatizou e entregou ao serviço público a principal empresa de telecomunicações do país, bem como a empresa de electricidade de Caracas. Nacionalizou ele os campos petrolíferos do Orenoco. Em suma, dedicou parte dos rendimentos do petróleo à aquisição de uma autonomia efetiva perante as instituições financeiras internacionais e uma outra parte ao financiamento de programas sociais.
Foram distribuídos aos camponeses três milhões de hectares de terras. Milhões de adultos e crianças foram alfabetizados. Milhares de centros médicos foram instalados nos bairros populares. Foram operadas gratuitamente dezenas de milhares de pessoas que sofriam de doenças da vista. Os produtos alimentícios de base são subvencionados. A semana de trabalho passou de 44 para 36 horas, ao mesmo tempo que o salário mínimo subiu para 204 euros por mês (o mais alto da América do Sul).
Chávez promoveu internacionalmente o antiamericanismo e o anticapitalismo, apoiou a autossuficiência econômica, e defendeu a cooperação entre as nações pobres do mundo, especialmente aquelas da América Latina. Sua atuação na região incluiu a criação da ALBA e o apoio financeiro e logístico a países aliados.
PINAUD
João Luiz Duboc Pinaud é advogado, promotor público, professor, juiz e escritor. Aliou sua formação intelectual e o exercício da magistratura à militância política de esquerda.
Ao lado de Barbosa Lima Sobrinho, Fabio Konder Comparato, Lamartine Correia de Oliveira e Evandro Lins e Silva, lutou pela implementação radical da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Inimigo declarado do Golpe de 1964, foi cassado da Universidade Federal Fluminense e do cargo de juiz de direito. Com a chamada democratização, participou ativamente dos debates da Constituinte de 1989, então como Membro da OAB. Em 1998 ocupou a presidência do Instituto dos Advogados do Brasil.
Foi Secretário de Estadual de Justiça 2000/2002. No ano de 2005 foi representante de Direitos Humanos da América do Sul para participar da Missão de Solidariedade ao Povo do Haiti. É atualmente membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da/OAB Federal e atua no Instituto dos Advogados do Brasil.
É autor, entre outras, das seguintes obras: Tempo de Família (prêmio do Instituto Nacional do Livro, 1985), Direitos Humanos: Conquistas & Desafios, HAITI, das trevas à luz. E de uma ópera: Ópera - Barbárie, a Letífera.
Possui três filhos, oito netos e dois bisnetos. Desde 1990 vive com sua companheira Kátia da Matta Pinheiro. Seus amigos dizem que não há quem não se sinta aninhado e protegido pelo seu afável e generoso abraço. Para nosso orgulho, é fundador da Casa da América Latina e Presidente do seu Conselho.
Silvio Tendler
Silvio Tendler (nascido em 1950) é um renomado cineasta, cineclubista e documentarista brasileiro, em 1970 saiu do Brasil para o Chile, e de lá foi para a França estudar cinema. Conhecido como "o cineasta dos vencidos" ou "o cineasta dos sonhos interrompidos" por abordar em seus filmes personalidades como Jango, JK, Carlos Marighella. Já produziu cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1981 fundou a Caliban Produções Cinematograficas Ltda., produtora direcionada para biografias históricas de cunho social. Seus filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores a reflexão: sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento.
PINAUD
João Luiz Duboc Pinaud é advogado, promotor público, professor, juiz e escritor. Aliou sua formação intelectual e o exercício da magistratura à militância política de esquerda.
Ao lado de Barbosa Lima Sobrinho, Fabio Konder Comparato, Lamartine Correia de Oliveira e Evandro Lins e Silva, lutou pela implementação radical da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Inimigo declarado do Golpe de 1964, foi cassado da Universidade Federal Fluminense e do cargo de juiz de direito. Com a chamada democratização, participou ativamente dos debates da Constituinte de 1989, então como Membro da OAB. Em 1998 ocupou a presidência do Instituto dos Advogados do Brasil.
Foi Secretário de Estadual de Justiça 2000/2002. No ano de 2005 foi representante de Direitos Humanos da América do Sul para participar da Missão de Solidariedade ao Povo do Haiti. É atualmente membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da/OAB Federal e atua no Instituto dos Advogados do Brasil.
É autor, entre outras, das seguintes obras: Tempo de Família (prêmio do Instituto Nacional do Livro, 1985), Direitos Humanos: Conquistas & Desafios, HAITI, das trevas à luz. E de uma ópera: Ópera - Barbárie, a Letífera.
Possui três filhos, oito netos e dois bisnetos. Desde 1990 vive com sua companheira Kátia da Matta Pinheiro. Seus amigos dizem que não há quem não se sinta aninhado e protegido pelo seu afável e generoso abraço. Para nosso orgulho, é fundador da Casa da América Latina e Presidente do seu Conselho.
Silvio Tendler
Silvio Tendler (nascido em 1950) é um renomado cineasta, cineclubista e documentarista brasileiro, em 1970 saiu do Brasil para o Chile, e de lá foi para a França estudar cinema. Conhecido como "o cineasta dos vencidos" ou "o cineasta dos sonhos interrompidos" por abordar em seus filmes personalidades como Jango, JK, Carlos Marighella. Já produziu cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1981 fundou a Caliban Produções Cinematograficas Ltda., produtora direcionada para biografias históricas de cunho social. Seus filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores a reflexão: sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento.
Tendler é detentor das três maiores bilheterias de documentários na história do cinema brasileiro. Em 2005 recebeu o Prêmio Salvador Allende no Festival de Trieste, Itália, pelo conjunto da obra. Em 2008, foi homenageado no X Festival de Cinema Brasileiro em Paris, com uma retrospectiva de seus filmes. Ainda neste ano, foi condecorado com a Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Em janeiro de 2010 enviou carta ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendendo que os envolvidos em crimes de tortura em nome do Estado Brasileiro devem ser julgados e punidos por seus atos.
COLETIVO PANDO
Em julho de 2010 fomos surpreendidos com a inédita notícia:
O departamento de Pando, estado integrante da Amazônia boliviana, decidiu banir de seu território organizações vinculadas à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que acusam de se intrometer em assuntos políticos na região por meio de ações "desestabilizadoras" bem como expulsar todas as ONGs, empresas, agências e projetos financiados pelo governo dos Estados Unidos através da Usaid".
Segundo a Associação de Municípios de Pando “há décadas o departamento amazônico de Pando se tornou um território alienado pela Usaid com a cumplicidade de várias ONGs que, sob a maquiagem da luta contra a pobreza e a preservação do meio ambiente se dedicaram a traficar ilegalmente espécies silvestres, sequestrar recursos de nossa rica biodiversidade e realizar intervenções arbitrárias nas nossas florestas tropicais sem a autorização de ninguém”.
Além disso, o comunicado diz que qualquer ONG boliviana ou estrangeira que queira atuar em Pando precisará do aval dos municípios – a maioria deles governados por prefeitos do mesmo partido do presidente Evo Morales, o Movimento para o Socialismo (MAS).
Segundo a agência estatal de informação boliviana, pelo menos cinco ONGs são afetadas pela decisão: Conservation Strategy Fund (CSF), Herencia, Puma, WCS Rainforest Alliance e Armonía.
A Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica (ABCI, na sigla em inglês), da USAID, que posssui sua própria agenda e interesses para a região banca estudos e ações das mais diversas, não encontrando qualquer controle eficaz para contrarrestar tanto sua presença quanto a presença de ONG's, que articulam-se por vias cada vez mais indefinidas.
Não mais! Nesta região, projeta-se boa parte das nossas expectativas sobre uma real integração regional sul-americana!
OS CINCO CUBANOS
Na noite de 12 de setembro de 1998, a polícia de Miami, na Flórida, invadiu as residências de cinco cubanos: Gerardo Hernández Nordello, Ramón Labañino Salazar, Fernando González Schewerert e Antonio Guerrero Rodriguez e, sem apresentar acusação formal arrastou-os para a prisão. Estes patriotas cubanos haviam, conscientemente assumido o risco de infiltrar-se nas organizações da máfia cubano-americana, constituída pela ultra-direita e pelos contra, que praticam contra Cuba todo tipo de atos terroristas.
Ferindo todas as normas dos Direitos Humanos e do Direito Internacional, foram colocados por 17 meses em solitária e acusados de espionagem contra os EUA, sem culpa formada e sem provas. Mesmo diante do testemunho de oficiais de alta patente do FBI, do Comando Sul, do Estado Maior do Exército para Inteligência, de Operações Navais, do Comando do Sistema para Defesa Aérea e da própria Agência de Inteligência do Pentágono que afirmaram não ter havido espionagem, foram condenados. Suas condenações foram uma excrescência jurídica: Gerardo foi condenado a duas prisões perpétuas mais 15 anos, Ramón a prisão perpétua mais 18 anos, Antonio a prisão perpétua mais 10 anos.
Não mais! Nesta região, projeta-se boa parte das nossas expectativas sobre uma real integração regional sul-americana!
OS CINCO CUBANOS
Na noite de 12 de setembro de 1998, a polícia de Miami, na Flórida, invadiu as residências de cinco cubanos: Gerardo Hernández Nordello, Ramón Labañino Salazar, Fernando González Schewerert e Antonio Guerrero Rodriguez e, sem apresentar acusação formal arrastou-os para a prisão. Estes patriotas cubanos haviam, conscientemente assumido o risco de infiltrar-se nas organizações da máfia cubano-americana, constituída pela ultra-direita e pelos contra, que praticam contra Cuba todo tipo de atos terroristas.
Ferindo todas as normas dos Direitos Humanos e do Direito Internacional, foram colocados por 17 meses em solitária e acusados de espionagem contra os EUA, sem culpa formada e sem provas. Mesmo diante do testemunho de oficiais de alta patente do FBI, do Comando Sul, do Estado Maior do Exército para Inteligência, de Operações Navais, do Comando do Sistema para Defesa Aérea e da própria Agência de Inteligência do Pentágono que afirmaram não ter havido espionagem, foram condenados. Suas condenações foram uma excrescência jurídica: Gerardo foi condenado a duas prisões perpétuas mais 15 anos, Ramón a prisão perpétua mais 18 anos, Antonio a prisão perpétua mais 10 anos.
Em abril de 2005, após árdua batalha foram julgados pelo Tribunal de Atlanta, uma instância superior. Após meses de análise e um processo de 16 mil páginas, o julgamento de Miami foi anulado. Mesmo assim, continuam presos. A grande mídia mundial que acusa Cuba de infringir os Direitos Humanos, jamais manifestou-se diante dessas gigantescas arbitrariedades.
Comentários