Projeto Criança e Consumo alerta sobre impactos de comerciais no universo infantil

Por Brenda Marques Pena
Ciranda.net

As crianças são vistas como a alma do negócio de muitas empresas e para formar pequenos consumidores compulsivos há uma distorção de valores no universo da criança por meio dos comerciais. Esse é o aspecto abordado pelo documentário "Criança, a alma do Negócio", que foi lançado em 2008. A direção é de Estela Renner e a produção de Marcos Nisti. O filme de 50 minutos aborda a polêmica do consumismo infantil causado pelo apelo publicitário.

O documentário tem sido usado como instrumento de conscientização pelo Instituto Alana no projeto Consumismo e Infância. "Esta é uma forma de informar e conscientizar as pessoas acerca dos impactos da publicidade na infância precisava ser intensificado. Afinal, para abraçar uma causa, é preciso conhecê-la", defende a equipe do projeto.

Em debate no programa allTV Debate neste mês, a psicóloga Maria Helena Masquetti, do Projeto Criança e Consumo falou sobre a influência da publicidade no público infantil, considerado hipervulnerável. "Pela criança acreditar no que ela ouve e no que ela vê, fica muito mais fácil dizer algo fantasioso, ou lúdico, e convencê-la de que ela precisa daquele brinquedo", explicou.

Conselho de autorregulamentação publicitária não tem regulado apelos abusivos ao consumo infantil nas propagandas

Como podemos coibir os excessos e proteger nossas crianças dos apelos comerciais? Equipe do Projeto Consumismo e Infância resolveu comprar a briga pela regulamentação das propagandas.

Na semana passada, a equipe do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, recebeu com espanto e indignação o relatório do Conar a respeito de um questionamento sobre campanha do McLanche Feliz, veiculada em cinemas durante trailer do filme infantil "Rio" e que falava diretamente com crianças.

O caso, que repercutiu na imprensa e nas redes, levanta uma questão importante e que deve ser refletida com profundidade por todos nós. Hoje, o Conar é considerado a entidade mais importante na autorregulamentação do mercado publicitário, mas, além de não estar dando conta de coibir os abusos frequentemente verificados em todo o país, mostrou-se totalmente descomprometido com a ética.

Ver online : Consumismo e Infância

Blogagem coletiva como ferramenta de mobilização

No site Consumismo e Infância está sendo feito um levantamento até 14 de julho de comentários sobre a ética na publicidade hoje. Deixe sua opinião sobre as maneiras da sociedade civil coibir os excessos e proteger as crianças dos apelos massivos dos comerciais. As opiniões serão divulgadas no próprio site http://consumismoeinfancia.com.

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