Museu Afro Brasil promove o I Encontro Afro-Atlântico na Perspectiva dos Museus
Evento internacional comemora o Dia da África (25 de maio) e oferece programação cultural. Grátis
Durante o I Encontro Afro Atlântico na Perspectiva dos Museus, que acontece em São Paulo de 24 a 27 de maio, o Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo oferecerá ao público uma programação cultural paralela. Haverá lançamento de livro, abertura de exposição e apresentação artística. Entre as atrações está a produção de um mural com a artista plástica Chanel Compton, do Instituto Smithsonian, uma das mais consolidadas instituições museológicas do mundo. A muralista norte-americana pintará, junto com 14 jovens de projetos sociais, um mural de 20 metros do lado de fora do Museu Afro Brasil (Parque Ibirapuera). O tema da obra será “A herança da cultura africana nas artes visuais dos EUA e do Brasil”. O mural começará a ser pintado no dia 21 e será inaugurado no encerramento do encontro, dia 27.
Na abertura do evento será inaugurada a exposição Mulheres Negras - A Irmandade da Boa Morte de Cachoeira. Com curadoria de Emanoel Araujo, apresenta fotos do etnólogo Pierre Verger (1902-1996) e de Adenor Gondim; jóias crioulas, com os famosos balangandãs baianos, e uma imagem original de Nossa Senhora da Boa Morte do século XIX, trazida especialmente da cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo da Bahia. A Irmandade da Boa Morte é uma organização católica com sede na Bahia, composta por mulheres acima de 45 anos de idade, que também são adeptas do Candomblé. Uma das mais velhas integrantes, Mãe Filhinha, tem 117 anos.
Programação Cultural – I Encontro Afro-Atlântico
Dia 24 – 19h00
· Lançamento da edição em português do livro Flash of the Spirit, de Robert Farris Thompson
· Lançamento da Campanha do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo
· Abertura da Exposição Mulheres Negras - a Irmandade da Boa Morte de Cachoeira
· Apresentação do Grupo Gegê Nagô de Cachoeira (BA)
Dia 27 – 17h00
· Inauguração do Mural de Chanel Compton, artista plástica, do Instituto Smithsonian. Projeto Cultural Envoy Application, em parceria com o Consulado Geral dos Estados Unidos (SP).
Sobre CHANEL COMPTON - Chanel Compton é artista plástica, educadora e curadora residente em Washington, DC. Desde 2009, coordena o Studio Africa Program do Smithsonian National Museum of African Art, onde desenvolve programas regulares em arte-educação, como workshops e performances, e promove projetos para integrar o museu com escolas e instituições comunitárias, dentre os quais destaca-se o “Community Day: Africa Live”, que atraiu mais de trezentos membros de comunidades para participar de onze atividades multi-disciplinares no museu. É também diretora do Programa de Educação Artística da Perry School (desde 2010), através do qual planeja atividades fora do horário letivo para grupos de até vinte alunos durante quatro dias semanais, coordena a exposição de fim-de-ano da escola em galerias de arte em Washington, e contrata artistas locais como convidados.
Acreditando que encorajar a expressão artística melhora a qualidade de vida e o bem-estar das comunidades urbanas, Chanel Compton vem se destacando como pintora de murais em áreas públicas nos Estados Unidos e no exterior. Projetos recentes incluem um mural de grandes dimensões (cerca de nove metros de altura) no bairro residencial de Capitol Hill, intitulado “Souza’s New Marching Band”, além de uma colaboração com a equipe de produção do programa de televisão Extreme Makeover, da American Broadcasting Company (ABC), que resultou num mural para a The Fishing School.
Chanel Compton possui um sólido comprometimento com a arte compreendida como veículo para promover a inclusão. Em 2009, recebeu um financiamento da DC Commission on the Arts and Humanities para desenvolver no Arch Training Center o projeto “Imagine and Create Workshop”, através do qual levou a arte-educação para trinta jovens que aguardavam julgamento criminal.
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu. A biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, “Carolina Maria de Jesus”, possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.
O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa “Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.
Funcionamento:
de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)
Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul
Entrada: Grátis
Classificação: Livre
Para mais informações: faleconosco@museuafrobrasil.
Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.
Fone: 55 11 3032-8900 ramal 121
Jornalistas interessados em participar do evento podem fazer credenciamento com Paula Costa ou Michela Gonçalves até segunda-feira, 23/5, pelo email: comunicacao@museuafrobrasil.
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