Fórum que discute sustentabilidade na América Latina pode ser acompanhado pela Internet


O Global Fórum América Latina começou nesta quinta-feira (18) e vai até sábado (20) no Paraná, Sul do Brasil e está sendo transmitido ao vivo no: http://webchanneltv.com.br/gfal/

O evento reúne empresários, executivos, universidades e representantes do poder público e da comunidade para discutir o papel da educação para os negócios com atenção para a sustentabilidade. Entre os debates está a análise de ações para fortalecer as relações entre o mundo empresarial e o acadêmico e como proporcionar e compartilhar conhecimentos organizacionais. Também serão debatidos recentes estudos científicos sobre desenvolvimento sustentável.

A iniciativa é do Sistema Federação das Indústrias do Paraná em parceria com o SESI (Serviço Social da Indústria), Case Western Reserve University - EUA , Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e o Instituto de Promoção do Desenvolvimento.

De acordo com o diretor do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Zaki Akel Sobrinho, o diálogo entre os dois setores é necessário e produtivo. "Muitas vezes, temos a visão de que as empresas visam apenas o lucro. Já o setor produtivo classifica os estudos desenvolvidos na academia como muito teóricos. Temos que encontrar um ponto de convergência entre setor produtivo e as universidades para que possamos compartilhar conhecimentos".

O representante da UFPR tem o objetivo de incluir a sustentabilidade na grade curricular dos cursos de graduação e pós-graduação da universidade. "Já temos algumas disciplinas que tratam da temática, mas acredito que a partir do Fórum isso vai se estender a todos os cursos", afirma Zaki Akel.

Os resultados desta edição serão encaminhados para o Global Fórum mundial em 2009.

Global Fórum América Latina
De 18 a 20 de junho
Local: Centro de Convenções - CIETEP
Rua Comendador Franco, 1.34, Jardim Botânico - Curitiba - Paraná/Brasil
Mais informações : no
site do Global Fórum


Sustentabilidade nas Organizações

Ainda que novo, o tema da sustentabilidade já tem motivado as empresas não só a investirem em iniciativas que otimizem o uso econômico de seus recursos, mas que também promovam o desenvolvimento social e a conservação do meio ambiente.

O profissional responsável e comprometido com as questões sociais e ambientais, capaz de enfrentar os novos desafios do desenvolvimento sustentável, que entenda a extensão da sustentabilidade nos seus três pilares – econômico, social e ambiental – e que promova a sua prática , será o responsável direto pelas mudanças que estão por vir e, mais ainda, pelos benefícios desta quebra de padrões.

Nesta busca por um profissional que compreenda e incorpore a sustentabilidade e que consiga trazê-la para a prática empresarial, é que o Global Fórum constrói seu espaço. Ao fomentar o diálogo entre a teoria da academia, as práticas do setor privado, o desenvolvimento e gestão das leis do governo, e a flexibilidade da sociedade civil, este movimento visa a construção coletiva de novas alternativas empresariais, a discussão da educação para a sustentabilidade e, principalmente, trilhar e anunciar o caminho para a construção de empresas efetivamente sustentáveis que garantam às gerações futuras o direito à vida com qualidade igual ou superior à nossa.


Balanço do Instituto Ethos mostra avanço da responsabilidade social corporativa

O assunto foi tema do encontro realizado nesta quarta-feira, dentro da série de eventos paralelos do Global Forum América Latina. A trajetória do movimento de Responsabilidade Social Corporativa nos últimos dez anos, bem como as tendências e os desafios futuros foram temas do encontro que o Instituto Ethos realizou nesta quarta-feira (18), no Cietep, dentro da programação de eventos paralelos ao Global Forum América Latina.

Primeiro de uma série a ser realizado pelo Ethos, em diversas capitais brasileiras, o encontro comemora os dez anos do Instituto, que possui cerca de 1.400 associadas (a maioria empresas, de todos os portes e setores) e atua para estimular as companhias a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável.

O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) é parceiro do instituto.“Em dez anos o movimento de responsabilidade social corporativa registrou notável avanço. Mas há ainda muitos desafios, sendo um deles o de criar massa crítica, que permita a formação de uma cultura de responsabilidade social”, disse o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, na abertura do encontro. Participaram o presidente do ISAE- FGV, Norman de Paula Arruda; o diretor-superintendente do Sesi Paraná, José Antônio Fares, e do diretor regional do Senai Paraná, João Barreto Lopes.

Representantes de dez empresas apresentaram experiências bem sucedidas de projetos de responsabilidade social. Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é o que mais registra avanço no movimento, segundo Ricardo Young. Ele explicou que há dez anos, a responsabilidade social empresarial era incipiente, basicamente limitada à filantropia. De lá para cá, surgiu o entendimento de que a empresa, para se perenizar, não pode ter apenas foco econômico, mas gerar também valor sócio-ambiental. Surgiram ferramentas de gestão de responsabilidade social.

A partir do ano 2000, a responsabilidade social passou a ser incorporada à gestão das empresas. Em seguida, avançou para o entendimento de que a responsabilidade social deve ser estendida à cadeia produtiva e ao setor em que a empresa se insere.“Hoje está claro que não haverá mais avanços se não forem criados mecanismos de mercado sustentável”, disse Young. “Olhamos para os próximos dez anos e vemos que temos de desenvolver massa crítica, com vistas à mudança da gestão das empresas. Daí a importância de eventos como o Global Forum, que estimulam e orientam a convergência de entidades do setor produtivo, academia e empresa, congregando os saberes de cada um destes setores, de modo a formar a mentalidade de mercado sustentável”, afirmou ele.

Impulsionar o movimento - O ISAE-FGV, segundo seu superintendente, Norman de Paula Arruda, foi uma das primeiras instituições de ensino do Brasil a se preocupar com a formação de líderes socialmente responsáveis. “Começamos com curso específico. Depois, avançamos neste processo. Hoje, o conceito de responsabilidade social permeia todas as atividades - nos cursos, eventos, palestras”, explicou Norman. “O impacto desta iniciativa junto às empresas e à economia é muito forte, já que somos uma escola de negócios”, disse ele.

A nova política e programas adotados pelo Sistema Fiep nos últimos anos foram narradas pelos diretores do Sesi e do Senai. “São inúmeras iniciativas que impulsionam o movimento de responsabilidade social empresarial no Paraná”, disse José Antônio Fares, do Sesi. A criação do Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (ORBIS); da Unindus; do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial e o estímulo à participação em iniciativas como o Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho.

O Sistema Fiesp trouxe ao Brasil o movimento BAWB (que estimula a responsabilidade social corporativa) e articulou a criação do Movimento Nós Podemos Paraná, que mobiliza a população para estudar e propor ações que promovam o desenvolvimento local e contribuam para que o Estado alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), até 2010. “O Senai e o Sesi passaram a atuar com novas ações junto às indústrias, oferecendo ferramentas que apóiam a gestão socialmente responsável”, explicou João Barreto Lopes, do Senai.

Fonte: Universia com informações da assessoria de imprensa da UFPR e da Global Fórum.

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