Indígenas exigem soluções para demarcação de terra a direção da FUNAI em Minas

Cerca de 120 indígenas Tupiniquim e Guarani, da região de Aracruz no Espírito Santo, e Pataxós da região de Carmésia, em Minas Gerais, ocuparam a sede da FUNAI em Governador Valadares, no Leste de Minas, exigindo soluções para os problemas que enfrentam hoje de demarcação de terras, atendimento precário à saúde e a direção da Funai na Região que, segundo as lideranças, tem sido "ineficiente e desrespeitosa".

A ocupação ocorreu às 6 horas da manhã de quinta-feira, dia 18, e os indígenas chegaram a fazer dois seguranças de reféns para abrir as negociações. O protesto reuniu famílias indígenas inteiras, com mulheres e crianças. As negociações, envolvendo o Ministério Público, a Polícia Militar, a direção regional da Funai e lideranças indígenas, se estenderam até o final da tarde, quando foi feito um acordo para que os reféns fossem liberados, a desocupação se iniciasse na manhã seguinte e fosse garantida a alimentação aos indígenas.

Pelo acordo, haverá uma reunião em Belo Horizonte das lideranças indígenas de Minas e Espírito Santo com representantes da direção nacional da FUNAI no próximo dia 26, para definir solução imediata em relação às demarcações de terras e discutir questões relacionadas a direção do órgão em Minas Gerais.

Esta reunião já havia sido marcada e a FUNAI adiou por três vezes, provocando a decisão dos indígenas de ocupar a sede do órgão. Requerimento – Em Belo Horizonte, a Comissão de Participação Popular aprovou na mesma quinta-feira requerimento a ser encaminhado à direção nacional da FUNAI solicitando a negociação direta com os indígenas para evitar conflitos mais graves na Região.

Informações enviadas do Gabinete do Deputado André Quintão (PT), autor do requerimento.

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