Ciranda integra a cobertura compartilhada das eleições na Venezuela
Por Rita Freire*
Ciranda.net
Rede ComunicaSul reúne jornalistas que trabalharão de forma coordenada para enviar informações confiáveis, fora do controle das grandes corporações e seus interesses
Dia 1° de outubro, um time de 6 jornalistas brasileiras(os) chegou a Venezuela para fazer o que as mídias livres brasileiras e as pessoas que as acompanham tanto reclamam quando se trata da Venezuela, principalmente em época de eleições. O grupo trabalhará para enviar informações confiáveis, independentes da grande imprensa e das agências de notícias que atuam no mercado internacional, livre do risco da manipulação pelos interesses corporativos, políticos e mercadológicos que os poderosos meios de comunicação representam.
Com apoio de mais profissionais que ficam no Brasil, contribuindo para a difusão do noticiário em seus veículos, o grupo de enviados especiais permanecerá na Venezuela até dia 10 e reunirá toda sua produção em um blog, facilitando o acesso de todas as pessoas interessadas em acompanhar seu trabalho, o andamento e o resultado das eleições. A rede ComunicaSul – Comunicação Colaborativa se constituiu a partir da mobilização de vários setores sociais para viabilizar a ída dessa equipe de jornalistas à Venezuela.
A atual disputa eleitoral entre o presidente Hugo Chávez e o oposicionista Henrique Capriles, coloca em jogo o futuro da integração latino-americana e o avanço das relações econômicas Brasil-Venezuela e, portanto, desperta interesse no Brasil e em todo mundo. A equipe formada por Renata Mielli, Terezinha Vicente, Vanessa Silva, Caio Oliveira, Daniel Cassol, Leonardo Wexell Severo, Marcio Schenatto, tem a missão de uma cobertura que leve em conta o sentimento do povo e a opinião de intelectuais, autoridades e entidades populares sobre os rumos políticos, econômicos e sociais do país vizinho. Este é o desafio das organizações que apostaram neste projeto, como o Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, as centrais sindicais CUT e CTB, e profissionais de rádio e televisões comunitárias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Na avaliação da jornalista Renata Mielli, o avanço de governos de centro-esquerda na América Latina e a crise econômica que abalou as estruturas do sistema capitalista, provocaram a reação e aprofundaram o caráter conservador dos meios de comunicação comerciais, que têm sido lastro dos interesses privados. Daí o papel das mídias livres, cada vez mais importante para contrapor informações.
A iniciativa ComunicaSul reforça a importância da comunicação compartilhada, conceito que deu origem à Ciranda e orientação sua ação desde 2001, em que diferentes comunicadores(as) de diferentes veículos preocupados com as lutas sociais, somam forças para um cobertura isenta de interesses corporativos e disponibilizam sua produção por meio de copyleft ou licenças creative commons Terezinha Vicente, que integra a ComunicaSul pela Ciranda, tem participado de coberturas compartihadas internacionais, a última delas no México, durante as eleições estaduais em 2010, quando as comunidades autônomas de Oaxaca se transformaram em alvo de violência paramilitar, inclusive com atentados contra missões de observação internacionais.
"Naquele caso, uma nova missão, porém formada por jornalistas estrangeiros, foi a estratégia adotada em comum acordo com veículos e entidades mexicanas e internacionais para impedir um massacre à comunidade indígena de São João Copala, que vinha contrariando interesses poderosos em jogo". Outra cobertura compartilhada internacional recente foi realizada em 2011, na Tunísia, logo após a derrubada do ditador Ben Ali pela Primavera Árabe, quando uma missão internacional de observadoras(es), jornalistas e comunicadoras(es) sociais percorreu os locais que impulsionaram as revoltas, até chegar à fronteira com a Líbia, que então estava sob bombardeio das forças da OTAN.
O grupo entrevistou ativistas, manifestantes e refugiados(as) africanos(as) em assentamentos ou nas arriscadas tentativas de fuga para a Europa barcos clandestinos, das quais muitos naufragavam no Mediterrâneo. A iniciativa ComunicaSul é a primeira ação de comunicação compartilhada internacional totalmente integrada por jornalistas brasileiros, produzindo materiais voltados para o público do Brasil.
Conheça as/os integrantes da cobertura ComunicaSul:
Renata Mielli – editora da Revista Presença da Mulher e jornalista da Federação Nacional dos Farmacêuticos. É Secretária Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e coordenadora de comunicação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Organizadora do livro Comunicação Pública no Brasil, uma exigência democrática (2009)
Terezinha Vicente – jornalista, editora da Ciranda da Informação Independente, repórter internacional nas iniciativas de comunicação compartilhada no FSM e na América Latina, por um Marco Regulatório da comunicação, feminista, é ativista da Marcha Mundial de Mulheres e da Articulação Mulher e Mídia.
Vanessa Silva – 26 anos, é editora de América Latina no Portal Vermelho e colaboradora do Diálogos do Sul. Caio Oliveira – jornalista, atua na TV Comunitária de Florianópolis.
Daniel Cassol – jornalista, graduado pela UFRGS e mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos. Foi correspondente do Brasil de Fato em Assunção e Paraguai. Atua como jornalista independente.
Leonardo Wexell Severo – redator-especial do jornal Hora do Povo, assessor de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores CUT-Brasil) e membro do Coletivo de Comunicação da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul. É autor dos livros Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota: crimes, crises e trapaças (2012).
Márcio Schenatto – repórter do Jornal de Caxias e apresentador do programa de entrevistas Movimento em Pauta, na TV Caxias Canal 14. Fotógrafo e diretor de documentários e curtas de ficção.
*O Instituto Imersão Latina integra a Ciranda de comunicação compartilhada com os colaboradores: Brenda Marques Pena, Nelson Pombo Júnior e Pâmilla Vilas Boas.
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Rede ComunicaSul reúne jornalistas que trabalharão de forma coordenada para enviar informações confiáveis, fora do controle das grandes corporações e seus interesses
Dia 1° de outubro, um time de 6 jornalistas brasileiras(os) chegou a Venezuela para fazer o que as mídias livres brasileiras e as pessoas que as acompanham tanto reclamam quando se trata da Venezuela, principalmente em época de eleições. O grupo trabalhará para enviar informações confiáveis, independentes da grande imprensa e das agências de notícias que atuam no mercado internacional, livre do risco da manipulação pelos interesses corporativos, políticos e mercadológicos que os poderosos meios de comunicação representam.
Com apoio de mais profissionais que ficam no Brasil, contribuindo para a difusão do noticiário em seus veículos, o grupo de enviados especiais permanecerá na Venezuela até dia 10 e reunirá toda sua produção em um blog, facilitando o acesso de todas as pessoas interessadas em acompanhar seu trabalho, o andamento e o resultado das eleições. A rede ComunicaSul – Comunicação Colaborativa se constituiu a partir da mobilização de vários setores sociais para viabilizar a ída dessa equipe de jornalistas à Venezuela.
A atual disputa eleitoral entre o presidente Hugo Chávez e o oposicionista Henrique Capriles, coloca em jogo o futuro da integração latino-americana e o avanço das relações econômicas Brasil-Venezuela e, portanto, desperta interesse no Brasil e em todo mundo. A equipe formada por Renata Mielli, Terezinha Vicente, Vanessa Silva, Caio Oliveira, Daniel Cassol, Leonardo Wexell Severo, Marcio Schenatto, tem a missão de uma cobertura que leve em conta o sentimento do povo e a opinião de intelectuais, autoridades e entidades populares sobre os rumos políticos, econômicos e sociais do país vizinho. Este é o desafio das organizações que apostaram neste projeto, como o Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, as centrais sindicais CUT e CTB, e profissionais de rádio e televisões comunitárias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Na avaliação da jornalista Renata Mielli, o avanço de governos de centro-esquerda na América Latina e a crise econômica que abalou as estruturas do sistema capitalista, provocaram a reação e aprofundaram o caráter conservador dos meios de comunicação comerciais, que têm sido lastro dos interesses privados. Daí o papel das mídias livres, cada vez mais importante para contrapor informações.
A iniciativa ComunicaSul reforça a importância da comunicação compartilhada, conceito que deu origem à Ciranda e orientação sua ação desde 2001, em que diferentes comunicadores(as) de diferentes veículos preocupados com as lutas sociais, somam forças para um cobertura isenta de interesses corporativos e disponibilizam sua produção por meio de copyleft ou licenças creative commons Terezinha Vicente, que integra a ComunicaSul pela Ciranda, tem participado de coberturas compartihadas internacionais, a última delas no México, durante as eleições estaduais em 2010, quando as comunidades autônomas de Oaxaca se transformaram em alvo de violência paramilitar, inclusive com atentados contra missões de observação internacionais.
"Naquele caso, uma nova missão, porém formada por jornalistas estrangeiros, foi a estratégia adotada em comum acordo com veículos e entidades mexicanas e internacionais para impedir um massacre à comunidade indígena de São João Copala, que vinha contrariando interesses poderosos em jogo". Outra cobertura compartilhada internacional recente foi realizada em 2011, na Tunísia, logo após a derrubada do ditador Ben Ali pela Primavera Árabe, quando uma missão internacional de observadoras(es), jornalistas e comunicadoras(es) sociais percorreu os locais que impulsionaram as revoltas, até chegar à fronteira com a Líbia, que então estava sob bombardeio das forças da OTAN.
O grupo entrevistou ativistas, manifestantes e refugiados(as) africanos(as) em assentamentos ou nas arriscadas tentativas de fuga para a Europa barcos clandestinos, das quais muitos naufragavam no Mediterrâneo. A iniciativa ComunicaSul é a primeira ação de comunicação compartilhada internacional totalmente integrada por jornalistas brasileiros, produzindo materiais voltados para o público do Brasil.
Conheça as/os integrantes da cobertura ComunicaSul:
Renata Mielli – editora da Revista Presença da Mulher e jornalista da Federação Nacional dos Farmacêuticos. É Secretária Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e coordenadora de comunicação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Organizadora do livro Comunicação Pública no Brasil, uma exigência democrática (2009)
Terezinha Vicente – jornalista, editora da Ciranda da Informação Independente, repórter internacional nas iniciativas de comunicação compartilhada no FSM e na América Latina, por um Marco Regulatório da comunicação, feminista, é ativista da Marcha Mundial de Mulheres e da Articulação Mulher e Mídia.
Vanessa Silva – 26 anos, é editora de América Latina no Portal Vermelho e colaboradora do Diálogos do Sul. Caio Oliveira – jornalista, atua na TV Comunitária de Florianópolis.
Daniel Cassol – jornalista, graduado pela UFRGS e mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos. Foi correspondente do Brasil de Fato em Assunção e Paraguai. Atua como jornalista independente.
Leonardo Wexell Severo – redator-especial do jornal Hora do Povo, assessor de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores CUT-Brasil) e membro do Coletivo de Comunicação da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul. É autor dos livros Bolívia nas ruas e urnas contra o imperialismo (2008) e Latifúndio Midiota: crimes, crises e trapaças (2012).
Márcio Schenatto – repórter do Jornal de Caxias e apresentador do programa de entrevistas Movimento em Pauta, na TV Caxias Canal 14. Fotógrafo e diretor de documentários e curtas de ficção.
*O Instituto Imersão Latina integra a Ciranda de comunicação compartilhada com os colaboradores: Brenda Marques Pena, Nelson Pombo Júnior e Pâmilla Vilas Boas.
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