Organizações da América Latina se reúnem esta semana na região do Chaco

De hoje a quinta-feira, 7, cerca de 350 representantes de organizações da sociedade civil e de governos se reúnem na cidade de Assunção, no Paraguai com o objetivo de compartilhadar experiências de políticas públicas direcionadas para o enfrentamento das causas dos problemas sociais e ambientais da região do Chaco, a segunda região de bosques da América do Sul.

Localizada nos territórios do Paraguai, Bolívia, Brasil e Argentina, este local de fronteira se caracteriza pela alta diversidade biológica e cultural, mas apresenta indicadores sociais preocupantes: mais da metade da população não tem acesso a serviços básicos e vivem abaixo da linha de pobreza.

O grande Chaco é uma área habitada por povos indígenas, agricultores, famílias afrodescendentes e imigrantes. Ela possui uma grande importância ambiental por ser uma reserva de água doce, de energia renovável e não renovável, com boas condições para produção de alimentos. No Chaco há uma cobertura vegetal importante para o enfrentamento do fenômeno das mudanças climáticas, que vem sofrendo um processo de degradação causada por uma forte exploração dos recursos florestais e energéticos.


O estreitamento das relações com organizações sociais da América Latina têm sido buscado a cooperação tanto por meio do Governo, como da sociedade civil. No mês de agosto, a A Articulação no Semi-Árido (ASA) recebeu a visita de comitivas do Paraguai e Bolívia convidadas pelo Governo Federal brasileiro para conhecer os programas Um Milhão de Cisternas e Uma Terra e Duas Águas, desenvolvidos pela ASA e parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), entre outros parceiros.

O intercâmbio com países da América do Sul é estimulado pela Fundação Avina, uma organização de origem espanhola que atua na América Latina fomentando a construção de pontes entre a sociedade civil e as empresas. A Avina é parceira da ASA e tem apoiado ações de fortalecimento institucional e provocado a Articulação para a sistematização de sua experiência para que possa servir de referência para organizações da sociedade civil de outros países que enfrentam o desafio de acesso da população à água potável, como acontece na região do Chaco.

Segundo Telma Rocha da Avina no Brasil, a Avina tem criado espaços de troca e intercâmbio entre a ASA e as organizações sociais da região de Chaco por acreditar que, devido às similaridades geográficas, os territórios sairão favorecidos com a proximidade e troca de experiências. "No trabalho da ASA temos muito interesse no recorte temático sobre governabilidade democrática da água", comenta Rocha, acrescentando que está em construção uma publicação com modelos de gestão participativa, sendo um deste modelo o trabalho desenvolvido pelas organizações da ASA.

A temática da água será um dos pontos centrais do encontro

No Encontro, a ASA será representada por Arivaldo Seyahta, membro da coordenação executiva da Articulação, que participará da mesa temática sobre Água, Sandra Silveira, da equipe técnica da ASA, e Maria Aparecida, uma agricultora ligada ao Movimento dos Sem Terra (MST).

Além da mesa sobre água, a ASA terá um estande na área de exposição do evento, onde divulgará as ações através dos materiais de divulgação como banners, folders e videos, e participará também de uma reunião paralela para apresentação mais detalhada de seus processos organizativos, metodologias e prática a paraguaios, bolivianos e argentinos, inclusive governantes destes países.

Fonte: Articulação no Semi-Árido (ASA)

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