Projeto Terças Poéticas recebe Jovino Machado e homenagea Paulo Leminski

O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas divulga a programação de maio.
05/05/2009 - O poeta Jovino Machado homenagea Paulo Leminski.

12/05/2009 - Os poetas Adriana Versiani, Elizabeth Gontijo, Júlia Zuza, Lívia Tucci, Patrícia Rocha, e homenagem Ana Hatherly.

19/05/2009 -Os poetas Sebastián Moreno e Laia Ferrari (Argentina). Homenagem: Alejandra Pizarnik, Antonin Artaud, Arthur Rimbaud, Joaquim Palmeira e Oliverio Girondo

26/05/2009: O poeta Tonico Mercador e homenagem a Jorge Luis Borges.

Sempre às terças-feiras, 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, centro de Belo Horizonte/Minas Gerais/Brasil)
Entrada franca.

JOVINO MACHADO

Jovino Machado nasceu em Formiga, Minas Gerais, em 03 de agosto de 1963. Foi criado em Montes Claros. Vive em Belo Horizonte, onde estudou Letras na UFMG, e atua como restaurateur. Publicou 10 livros, entre eles Trint´anos Proustianos (Mazza Edições, 1995), Disco (Orobó Edições, 1998), Samba (Orobó Edições, 1999), Balacobaco (Orobó Edições, 2002) e Fratura Exposta (Anomelivros, 2005). Agora em 2009, publicou a plaquete poética Meu Bar Meu Lar.

Participações em Dimensão (Revista Internacional de Poesia, Uberaba, MG, 1998), A Poesia Mineira no Século XX (Imago, Rio de Janeiro, 1999), A Cigarra-Revista de Poesia (Santo André, SP, 2000), O Melhor da Poesia Brasileira – Minas Gerais (Joinville, SC, 2002), antologia poética O Achamento de Portugal, organizada por Wilmar Silva (Fundação Camões, Lisboa, Portugal e Anomelivros, 2005), Suplemento Literário de Minas Gerais (2007) e Rascunho (2008).

Menção honrosa na revista literária da UFMG (1991) e terceiro prêmio de Poesia Falada de Campos dos Goytacazes (RJ, 2002). Jovino Machado lançará em sua Terça Poética seu mais novo livro de poemas Cor de Cadáver (Anomelivros, 2009), dividindo a sua leitura com os convidados especiais: Tábata Morello, Daniel Bilac, Marriene Freitas, Mário Alex Rosa, Valquiria Rabelo, Mima Carfer, Adriana Versiani, Flávia Almeida, Inês Peixoto.

Jovino Machado: 31 3309 6298 jovinomachado@yahoo.com.br
PAULO LEMINSKI

Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes, Paulo Leminski Filho nasceu em Curitiba em 24 de agosto de 1944, onde morreu em 7 de junho de 1989. Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares. Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.
Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos. Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo. Em 1965, tornou-se professor de História e de Redação e também era professor de judô.
Casou-se em 1968 com a poeta Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos, e teve três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma), Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso.

Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração pelo poeta tropicalista
Torquato Neto. Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Poeta, tradutor, letrista e musico. Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura, de 1981, gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras.

Fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo
A Cor do Som entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Regina Silveira, Helena Kolody, etc. A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada. Além de escritor, Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Paulo Leminski será homenageado pelos performers Miguel Mingote e Emersom Carvalho.

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