Máxima Vida Mínima reúne micro contos de cinquenta autores de Mato Grosso

Por Daufen Bach*

Tempos modernos pedem agilidade e rapidez. Como disse o maior poeta visual do mundo, Wlademir Dias-Pino “o mundo perdeu o primor, agora só existe rigor”. Com a contemporaneidade, tudo está ao alcance de um clique na tela do computador. E este é o intuito da antologia de minicontos Máxima Vida Mínima, organizada por Wender M. L. Souza e Wuldson Marcelo, que reúne contos de até dois parágrafos de 50 escritores convidados de Mato Grosso e mais outros cinco Estados. 

Trazer para os leitores rápidas reflexões que do mínimo trazem o máximo que pode ser a literatura como espelho da vida. Mas, fazer um miniconto não diminui a qualidade estética, poética e literária do conteúdo. Um miniconto vai além. Expressa em poucas linhas um significado profundo, que toca os leitores.

Com 50 autores que traduzem em palavras o sentido inerente de suas vidas, reduzidos a um tweet – 140 caracteres, Máxima Vida Mínima vêm para romper com os padrões literários e invade o mundo virtual com aquilo que lhe é peculiar: literatura espontânea e instantânea.

Como um tiro que saiu pela culatra, Máxima Vida Mínima promete surpreender aos que se arriscarem à uma leitura atenta que deve durar no máximo 20 minutos e poder apreciar os contornos da literatura contemporânea. O primeiro volume da coletânea foi divulgado no dia 2 de janeiro e nesta quinta-feira (9), sai mais 25 minicontos. 

“Com o mundo contemporâneo tendo como uma de suas principais marcas a redução, seja das distâncias geográficas ou do tempo das relações afetivas, o miniconto, com ferramentas como o Twitter, ganha mais adeptos e popularidade. Nos 50 micro contos que selecionamos, temos uma mostra de sua diversidade e relevância. 
Agradecemos aos escritores que participaram do projeto, que usaram o domínio que possuem da linguagem literária e contaram um conto, não o aumentando mas o reduzindo até encontrar o que há de essencial na estória a qual deram vida. Uma vida mínima alçada ao máximo. E que o sim e o não sejam reflexos de beleza, rebeldia e arte”, acrescenta na divulgação da antologia.

Wuldson Marcelo conta que a ideia dos minicontos surgiu ao navegar pela internet e encontrar micro contos que compõem o livro “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século (2004)”, organizado pelo Marcelino Freire. “E lendo-os percebi que muitos escritores que conheço, em seus blogs, publicam pequenas narrativas e afins, e sem saber estão nesse terreno minimalista e quase livre dos minicontos, já que abarcam vários “gêneros”. E a contemporaneidade para alguns teóricos é brevidade, redução, o mínimo que deve conter o máximo, daí se esvai e partimos pra outra”, explicou. 

Dividida em dois volumes, a antologia conta com 25 autores em cada uma. “Entre gente conhecida como Eduardo Ferreira (Eu Noia) e Jana Lauxen (Uma Carta Por Benjamin e O Túmulo do Ladrão), e jovens que tendo blog ou não, iniciando nessa labuta, deveras sofrida, que é criar/publicar/trocar e distribuir literatura em nosso país. Os minicontos serão publicados primeiro no blog “Beatniks, malditos e marginais em Cuiabá” (blog criado para divulgar a coletânea de mesmo nome, que foi publicada em agosto do ano passado. Organizada por mim, pela Jana Lauxen e Cinthia Andressa de Lima, para a editora Multifoco, RJ), e sairão também na revista eletrônica Biografia e no site Tyrannus Melancholicus”, contou.

“Na madrugada, eu, insone, tudo apagado menos o teu nome”, Daufen Bach. 

Caros leitores, aos que ansiaram em conhecer este trabalho basta acessar o blog Beatniks, e aos que não tem pressa, o Olhar Conceito publicará as duas partes da antologia na semana que vem. Aguardem! 

Fonte: http://www.olhardireto.com.br

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