Projeto Terças Poéticas recebe poetas aldravistas em homenagem a Alphonsus de Guimaraens
O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas – realização da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, parceria entre Suplemento Literário e Fundação Clóvis Salgado, apoios culturais Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão –, apresenta na próxima terça poética,10 de novembro de 2009, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, entrada franca, os poetas aldravistas de Mariana, Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, Hebe Rôla, J.B.Donadon-Leal e J.S. Ferreira e o artista Alcides das Dores Ramos. Também será homenageado pelos poetas aldravistas Alphonsus de Guimaraens Filho.
" E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar..." (de Ismália, Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte) * O Poeta Afonso Henrique da Costa Guimarães nasceu em 24 de julho de 1870, na cidade de Ouro Preto, estado de Minas Gerais. Toda sua vida esteve ligada a sua cidade natal e região, sendo conhecido como Solitário de Mariana, e passando a assinar Alphonsus de Guimaraens, em 1894.
ALDRAVISMO
Aldravismo vem de aldrava, termo que designa o utensílio com o qual se bate nas portas para que estas sejam abertas. Assim, o aldravismo pode ser caracterizado pela arte que chama atenção, que insiste, que abre portas para as interpretações inusitadas dos eventos cotidianos, em relatos daquilo que só o artista viu. Os poetas apresentaram a proposta “Terça Poética com os Poetas Aldravistas”, que terá apresentação de poesias usando os recursos tecnológicos de filme em alta velocidade e leitura dramática com artista profissional Alcides das Dores Ramos. O artista vai mostrar na Terça Poética, uma sequência de poemas produzidos pelos poetas do movimento, que reflete o pensamento aldravista, em um conjunto de poesias que manifesta o desejo constante de uma superação que abre caminhos para um exercício de experimentação e de uma manifestação poética de valor cultural que intriga pela simplicidade e se destaca pela crueza com que desenha o perfil regional de Minas Gerais.
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