Cerca de 1,7 milhão de pessoas vivem com HIV na América Latina


O Dia Mundial Contra a Aids é um importante momento para visualizar a epidemia e seus desafios em cada país da América Latina e priorizar o combate à Aids na agenda dos Governos e de todas as organizações comprometidas com a luta contra a Aids. O diretor regional da Unaids para a América Latina, César Antonio Núñez, disse que apesar dos grandes avanços no tratamento da Aids não pode assegurar que a epidemia esteja controlada na América Latina.
Todo 1º de dezembro, no Dia Mundial contra a Aids, cidades latino-americanas realizam manifestações, apresentações artísticas, fóruns, campanhas de comunicação, concursos e exames de HIV.

Cerca de 1,7 milhão de pessoas vivem com HIV na América Latina, 100 mil há mais que a estimativa do ano passado. ressaltou Núñez em comunicado da Unaids para a América Latina, com sede no Panamá.

Núñez assinalou que "em alguns países da região houve grande crescimento no número de mulheres entre as novas infecções. As interações entre o HIV e violência de gênero são numerosas e têm conseqüências graves para a saúde e o desenvolvimento humano, particularmente das mulheres adultas, adolescentes e meninas".


O diretor da Unaids para a América Latina fez especial menção a que "o compromisso de alcançar o acesso universal à prevenção, o tratamento e ao atendimento e cuidados em 2010, deverá ser reiterado durante esta data em todos os países da América Latina".

HIV entre os jovens

A América Latina foi incapaz de combater devidamente o vírus causador da Aids entre os jovens, por causa da falta de informação que as autoridades dos países da região têm sobre a cultura sexual deste segmento populacional. "Acho que não temos informação suficiente sobre a epidemia entre a população jovem", comentou a chilena Raquel Child do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) durante a 17ª Conferência Internacional sobre Aids, realizada em agosto na capital mexicana.

Segundo a especialista em prevenção à AIDS, há dois problemas essenciais em relação ao tema: a falta de conhecimento sobre hábitos e condutas juvenis e a falta de programas e de serviços de atendimento específicos para eles. "Se queremos formular e implementar políticas, temos que saber o que vamos fazer, onde e por quem", defendeu Raquel

"Achamos que os jovens são vistos como um mundo homogêneo, e não o são", acrescentou Raquel. De acordo com a especialista, "o mundo adulto ainda não foi capaz de reconhecer as culturas sexuais juvenis", muito diferentes das suas. Por essas circunstâncias, os países latino-americanos estão falhando na construção de "respostas para que os jovens tenham comportamentos preventivos", ressaltou.

Raquel lamentou que o acesso especializado a serviços de saúde para este segmento da população seja muito limitado, o que deixa a juventude em situação de "desamparo" em relação aos adultos.

Fonte: EFE - Agência de Notícias em Espanhol.

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