Negra dor em versos
Em mil pedaços
(a minha negra dor)
Entre soluços e gritos de dor!
Entre lágrimas e o negro pranto...
Sou o Aedo por acidente nessa hora...
Pois não quero dizer coisa alguma!
Para quem quer que seja
Nem mesmo para mim
Tomo a lira das mãos etéreas de Apolo...
Por momentos breves!
Sou o Bardo para a minha divina musa
Só querendo dizer: Amo-te
Com toda a força do meu estro...
Imperfeito...
Que brota do meu negro coração
São os meus sintéticos poemas!
Fragmentados!
Espalhados...
Em mil pedaços...
Arte liquefeita!
Imerso no mundo mutável...
São peças soltas e descartáveis
Que ninguém quer lê...
Mas feri a minha alma!
E faz sangrar o meu coração...
Sou eu querendo ficar sozinho
Perdido nos meus pensamentos
Mais irracionais.
Sou eu que transito...
Livremente no labirinto irreal
Que construí para mim
Ali posso te tomar pelos braços
E dizer que és minha
Para todo o sempre
Samuel da Costa
Associação Internacional de Poetas
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