Está online o Atlas da questão agrária brasileira


O Atlas da Questão Agrária Brasileira já está disponível em: www.fct.unesp.br/nera/atlas
Ele compreende mais de 300 mapas, número este que será acrescido constantemente. Foram mapeadas as violências no campo e as ocupações e assentamentos desde o fim da década de 1970 e início da década de 1980. Sendo assim, o Atlas também é um banco de informações geográficas (mapas) sobre a luta pela terra no Brasil. Outro destaque é o mapeamento dos dados do INCRA agregados em escala municipal, o que evidencia que não há necessidade de ocupar novas áreas.

O trabalho é resultado da tese de doutorado do geógrafo Eduardo Paulon Girardi defendida em 2008 no Programa de Pós-Graduação da FCT/Unesp - sob a orientação do Prof. Bernardo Mançano Fernandes e com o apoio da FAPESP. O objetivo foi a elaboração de um estudo sobre os principais temas da questão agrária no Brasil dando ênfase à sua expressão territorial. Foram analisados os problemas (pobreza, desflorestamento, concentração fundiária, violência no campo etc) e também a luta pela terra, a produção agropecuária, a dinâmica populacional e alguns aspectos da configuração territorial.

O diagnóstico e as proposições que o seguem são alicerçados na teoria sobre os modelos de desenvolvimento para o campo, sendo que nos posicionamos junto ao Paradigma da Questão Agrária. Isso possibilitou realizar uma leitura dos dois territórios divergentes da questão agrária: o campesinato X o latifúndio e agronegócio.

Um resultado inédito é o mapa do Índice de Gini para os municípios brasileiros. Na conclusão apresento um mapa sinótico que comporta as principais estruturas territoriais da questão agrária brasileira. Espero que o Atlas possa contribuir com o movimento para o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento que compreenda a necessária reforma agrária no Brasil.

Além do Atlas, na tese também apresento uma proposta téorico-metodológica para a cartografia geográfica – a Cartografia Geográfica Crítica -, que certamente é de interesse mais específico dos geógrafos, os quais convido à discussão do tema.

Acesse e envie críticas, dúvidas e sugestões para o geógrafo Eduardo Paulon Girardi:
e-mail: epgirardi@yahoo.com.br

Informação enviada ao IMEL pelo colaborador Frei Gilvander Moreira

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