Fundo de Solidariedade garante a participação de povos originários e minorias excluídas no FSM 2009


Os povos originários e tradicionais, a exemplo dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, além de minorias excluídas, serão uma prioridade política no Fórum Social Mundial 2009 Amazônia, conforme decisão do CI.

Pensando na participação política, mas também presencial de grupos e organizações foi criado um Fundo de Solidariedade que visa garantir a vinda dessas delegações a Belém, sede do FSM, entre 27 de janeiro a 1º de fevereiro.

O “fundo” é financiado por organizações internacionais e nacionais e vai ajudar, o tanto quanto possível, em uma participação equilibrada, de acordo com as prioridades decididas na última reunião do CI (Conselho Internacional), como os povos indígenas e tradicionais, e em seguida, de organizações e entidades de países que historicamente não faziam parte do processo Fórum, mas que desde o Dia de Ação Global em janeiro de 2008, passaram a participar.

Caso o Fundo de Solidariedade Internacional não seja suficiente para cobrir todas as solicitações, as decisões sobre os beneficiados serão tomadas em conjunto pelo Grupo de Enlace e a Comissão de Expansão, em coordenação com as Comissões do CI e os processos continentais e regionais do Fórum Social Mundial existentes, tendo em conta as prioridades já mencionadas, bem como o equilíbrio de gênero e região.

Como doar:
Para efetuar a doação, entidades, redes e organizações internacionais devem se inscrever para o FSM 2009 no site: inscricoes.fsm2009amazonia.org.br.
Ao final da inscrição, na base da página de inscrição, haverá um icone da Mastercard e Visa. Escolha a opção desejada e faça a doação.


Foto dos indígenas da Amazônia por Marcelo Lelis/Pará Publicada em http://www.revistaforum.com.br/
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O Fórum Social Mundial em Belém (PA) é uma oportunidade para os povos da Amazônia dialogarem com o mundo. A opinião é de Aldalice Moura da Cruz Otterloo, interante da Coordenação do Grupo de Facilitação do FSM Amazônico. O evento acontece de 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009 e deve contar com a presença de mil indígenas cujo deslocamento será priorizado pela organização do evento.

A diretora-executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) acredita que o encontro vai demandar que movimentos e organizações de outras parte do planeta entendam o ponto e vista de quem vive na região Amazônica sem tentar “ditar regras de fora para dentro”.

Em entrevista à revista Fórum, Aldalice Otterloo fala ainda sobre os preparativos para transformar a capital de Belém no território do FSM e das dificuldades no relacionamento com poder público, especialmente a prefeitura. Nesse aspecto, ela não descarta o fato de 2008 ser um ano eleitoral como um dos fatores para as incertezas.

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