Todo apoio aos indígenas!


Tudo começou em 1969, quando alguns artistas e estudantes ligados às artes plásticas tiveram a ideia de expor seus trabalhos artísticos experimentalmente na praça da Liberdade. Houve uma certa dificuldade, por parte da prefeitura de Belo Horizonte, Minas Gerais em permitir a exposição de trabalhos artísticos livremente, pois estava em pleno vigor o AI-5, ideologia política que vedava qualquer manifestação contra a ordem vigente. Existia ainda a ideia de que as autoridades municipais tinham preferência pela arte acadêmica e temiam que a praça viesse a ser ocupada pelos modernistas, porém, estes fatos não impediram a realização da feira de artesanato como um evento esporádico.

Hoje a feira é permanente e um patrimônio cultural e turístico da capital mineira tornando-se uma das maiores feiras em espaço aberto da América latina, ampliando suas atividades e crescendo em diversidade, mas a ditadura continua arraigada em alguns. Apesar de toda a história de preconceito e luta que os feirantes do início viveram, percebemos na feira com relação a arte indígena todo um preconceito renovado e irritação por parte de alguns feirantes que os insultam e questionam o pagamento de impostos por parte dos indígenas.

Sabemos que a arte indígena é a mãe de todas as artes, e dessa forma queremos deixar em nota nosso total apoio a permanência da arte indígena livre na feira Hippie e ainda reivindicar a prefeitura e órgãos relacionados, um espaço para a exposição da arte indígena.

Participe conosco de um ato em apoio aos indígenas amanhã, domingo 09/06, às 9 horas, na entrada principal do Parque Municiapal, na avenida Afonso Pena.

Comitê Mineiro em Apoio às Causas Indígenas
Instituto Imersão Latina

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