Povos do Campo, Águas e Florestas de Minas Gerais se reúnem em busca de unidades para suas lutas
Por Lívia Bacelete
Portal Minas Livre
“Sozinhos podemos ir um pouco mais rápido, mas juntos podemos ir muito mais longe”. A frase dita por Sônia Mara, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), durante o Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas em Minas Gerais, resume o espírito do encontro.
A busca por uma unidade reuniu cerca de 40 representantes de diversas organizações e movimentos sociais camponeses nesta terça-feira (31), na sede da CUT Minas, na capital. Os movimentos e organizações participantes denunciam que a reforma agrária foi deixada de lado e não está mais na pauta do governo. Ao contrário, este vem favorecendo o agronegócio e o capital internacional na apropriação de terras e recursos naturais, o que também contribui para a fragmentação de diversas organizações que atuam no campo.
Os dados são alarmantes. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no governo Dilma, em 2011, apenas 22.021 famílias foram assentadas e 60 imóveis receberam decreto de desapropriação no país. Números que estão bem abaixo do governo Fernando Henrique, quando, em 1995, 42.912 famílias foram assentadas e 204 imóveis receberam decreto desapropriatório e do governo Lula, que em 2003, assentou 38.301 famílias e desapropriou 187 imóveis.
Diante desta situação, as organizações e movimentos sociais do campo estão somando forças e articulações para recolocar a pauta da reforma agrária na agenda governamental, a partir de um novo modelo de desenvolvimento do campo brasileiro, embasado na agroecologia, na educação do campo e em um novo modelo energético. “A unidade no campo é uma construção permanente. Nossa necessidade é muito maior que a vontade, por isso, ou a gente se une no campo ou nosso projeto popular estará comprometido”, afirma Ênio Bonhenger, do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Ele lembra que em todas as principais revoluções do mundo o papel dos camponeses foi essencial, como na União Soviética, em Cuba e na China. “O papel do campesinato é fundamental, assim como o papel da terra. Ela não pode ser uma mercadoria”, ressalta.
O encontro contou com a participação de representantes da CUT Minas, Via Campesina, Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), Rede de Agroecologia do Sul de Minas, MST, MAB, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Regional Minas Gerais, Federação dos Quilombolas de Minas Gerais – N’Golo, Fetraf-MG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Governador Valadares e Sindicato dos Assalariados Rurais. Os participantes ainda discutiram a presença da delegação mineira no Encontro Unitário Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que acontecerá em agosto, em Brasília. Para este encontro, espera-se levar aproximadamente 400 pessoas das regiões Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Norte, Leste e Sul de Minas e Triângulo Mineiro.
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“Sozinhos podemos ir um pouco mais rápido, mas juntos podemos ir muito mais longe”. A frase dita por Sônia Mara, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), durante o Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas em Minas Gerais, resume o espírito do encontro.
A busca por uma unidade reuniu cerca de 40 representantes de diversas organizações e movimentos sociais camponeses nesta terça-feira (31), na sede da CUT Minas, na capital. Os movimentos e organizações participantes denunciam que a reforma agrária foi deixada de lado e não está mais na pauta do governo. Ao contrário, este vem favorecendo o agronegócio e o capital internacional na apropriação de terras e recursos naturais, o que também contribui para a fragmentação de diversas organizações que atuam no campo.
Os dados são alarmantes. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no governo Dilma, em 2011, apenas 22.021 famílias foram assentadas e 60 imóveis receberam decreto de desapropriação no país. Números que estão bem abaixo do governo Fernando Henrique, quando, em 1995, 42.912 famílias foram assentadas e 204 imóveis receberam decreto desapropriatório e do governo Lula, que em 2003, assentou 38.301 famílias e desapropriou 187 imóveis.
Diante desta situação, as organizações e movimentos sociais do campo estão somando forças e articulações para recolocar a pauta da reforma agrária na agenda governamental, a partir de um novo modelo de desenvolvimento do campo brasileiro, embasado na agroecologia, na educação do campo e em um novo modelo energético. “A unidade no campo é uma construção permanente. Nossa necessidade é muito maior que a vontade, por isso, ou a gente se une no campo ou nosso projeto popular estará comprometido”, afirma Ênio Bonhenger, do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Ele lembra que em todas as principais revoluções do mundo o papel dos camponeses foi essencial, como na União Soviética, em Cuba e na China. “O papel do campesinato é fundamental, assim como o papel da terra. Ela não pode ser uma mercadoria”, ressalta.
O encontro contou com a participação de representantes da CUT Minas, Via Campesina, Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), Rede de Agroecologia do Sul de Minas, MST, MAB, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Regional Minas Gerais, Federação dos Quilombolas de Minas Gerais – N’Golo, Fetraf-MG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Governador Valadares e Sindicato dos Assalariados Rurais. Os participantes ainda discutiram a presença da delegação mineira no Encontro Unitário Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que acontecerá em agosto, em Brasília. Para este encontro, espera-se levar aproximadamente 400 pessoas das regiões Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Norte, Leste e Sul de Minas e Triângulo Mineiro.
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