Golpe e retrocessos no Brasil - Mensagem às organizações do Fórum Social Mundial
Queridos(as) amigos e amigas.
Vivemos hoje uma manhã triste, marcada pela suspensão do exercício do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, em um ataque à nossa jovem democracia. É também um golpe contra as políticas sociais de um ciclo de governos em que o Brasil esteve comandado por um operário e, depois, por uma mulher.
Erros à parte, sempre apontados pelas esquerdas e movimentos sociais, não é por causa deles que o governo está sendo afastado, mas, conforme as palavras da presidenta Dilma, por uma farsa jurídico política organizada pelos partidos que perderam a eleição em 2014Vivemos hoje uma manhã triste, marcada pela suspensão do exercício do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, em um ataque à nossa jovem democracia. É também um golpe contra as políticas sociais de um ciclo de governos em que o Brasil esteve comandado por um operário e, depois, por uma mulher.
O perfil conservador e patriarcal do governo interino é claro: nenhuma mulher sequer foi nomeada (ou aceitou nomeação) como ministra e já foi decidida a extinção sumária de ministérios estratégicos para a emancipação social como Ministério da Cultura e Secretaria da Igualdade Racial e das Mulheres. O plano para a economia representa tudo que o FSM sempre combateu, com a aplicação do modelo neoliberal de ajuste fiscal e perdas de conquistas sociais e trabalhistas.
Acompanhada pelo ex-presidente Lula na saída do Planaldo, Dilma pediu ao povo brasileiro que continue mobilizado e lutando em paz pela democracia.
O Fórum Social Mundial sempre foi para nós um espaço internacional marcado pela pressão por direitos e democracia, que influenciou as lutas da América Latina. Vivemos agora graves retrocessos e ameaças em nosso continente Por isso, é muito importante reconhecer o FSM como espaço de articulação da resistência e de solidariedade.
12 de Maio de 2016
Coletivo Brasileiro do FSM
Coup and setbacks in Brazil - Message to the WSF Organizations
Dear friends
We've just lived today a sad morning marked by the mandate of the suspension of President Dilma Rousseff, in an attack on our young democracy. It is also a coup against the social policies headed by the governments cycle in which Brazil was ruled by a worker and then by a woman.
Errors aside, which have always been appointed by the Left and social movements, it is not because of them that the government is being away, but , according to the words of President Dilma, a political legal farce organized by the parties which lost the election in 2014
Rousseff said she has faced in her life the unspeakable pain of torture, alsol the pain of the disease, but now she is facing the pain of injustice, the worst pain to be imposed to a human being. Embraced by supporters who were receiving her at the exit of the Planalto Palace, Dilma added, besides the word injustice, the denunciation of treason. Her government will be taken over by the vice president whose party held the key ministries of her mandate but has left the government to vote for impeachment and thereby occupy the interim presidency.
I never imagined it would be necessary to fight back against a coup in my country, said Rousseff in a press declaration
The conservative and patriachal profile of this interim government is clear: no woman has even been designated (or accepted the designation) as a minister and it has already been decided the summary extinction of the strategic ministriesfor social emancipation as the Ministry of Culture and the Secretariat of Racial Equality and Women. The plan for the economy is all that the WSF combat, with the application of the neoliberal model of fiscal adjustment and loss of social and labor conquests
Accompanied by the former President Lula when leaving the Planaldo, Dilma Rousseff asked the Brazilian people to continue mobilizing and fighting peacefully for democracy.
While Congress decides the final impeachment vote, which may last from 3 to 6 months, we thank the international mobilization to denounce the ongoing coup in Brazil.
The World Social Forum has always been for us an international space marked by pressure for rights and democracy, which influenced the struggles in Latin America. We live now serious setbacks and threats in our continent So it is very important to recognize the WSF as a space for articulation of resistance and solidarity.
Fighting continues
May 12, 2016
Brazilian Collective of the WSF
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