Michelle Cunha expõe "Como um sol no meu quintal" em Belém

A partir de hoje, 26, às 19h, a Galeria Gotazkaen recebe a exposição “Como um sol no meu quintal”, da artista visual paraense Michelle Cunha. A mostra reúne uma série de trabalhos dedicados ao desenho e a ilustração, incluindo particularidades como cadernos de esboço, objetos, gravuras e registros de trabalhos feitos nas ruas.

Michelle, que voltou recentemente a Belém, passou os últimos oito anos circulando pelo eixo Centro-Oeste/Sudeste do país, pintando e propondo ações em cidades de Goiás e estados próximos a Brasília, sua base, como São Paulo e Minas Gerais. De volta às terras paraenses, montou um ateliê na Ilha de Mosqueiro, onde mantém as portas abertas para um ininterrupto intercâmbio de ideias e vivências com outros artistas e o público.

Durante a carreira, Michelle já experimentou técnicas e linguagens das mais diversas. Foi da xilogravura ao grafite, do lambe-lambe ao desenho digital, da colagem à estamparia, tornando evidente, como faz questão de reforçar, “sua ânsia e voracidade por assuntos, territórios, espaços e tempos diversos”. Por baixo da aparente simplicidade de seus temas, evidenciados na exposição realizada na galeria Gotazkaen, a artista mostra caminhos para a concepção de um universo fabulístico, repleto de delicadezas e afetos. Para cada desenho, uma possível narrativa, ou melhor, o estímulo a inventá-las a partir das possibilidades, como na série de personagens chamados “Arvoredos”, que para além de sua pegada de humor e lirismo, fazem menção ao tema da sustentabilidade, a preocupação e o cuidado com as questões ambientais.

Pássaros, corujas, “arvoredos” e outros personagens que fazem parte do repertório de Michelle aludem ao sonho, mas também a questões de seu tempo, e sugerem a necessidade da convivência harmônica do ser humano e natureza. Na série de pássaros, sua mais recente produção, assim como nas corujas, a cor e o tema não buscam qualquer intenção retórica, mas indicam uma postura aberta ao puro prazer do gesto, a volúpia da imagem, que pode acontecer tanto sobre o papel quanto nas ruas, nos muros. Seu deslumbramento pela rua como suporte surge junto com a opção por uma vivência quase nômade.

Mais informações: https://www.facebook.com/events/684256664981552/ — com Michelle Cunha.

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