Bailarino cubano faz única apresentação do ballet Copélia em Minas Gerais

Primeiro bailarino do Ballet Nacional de Cuba, Lázaro Carreño, chegará em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, amanhã 25/01, às 10h30, e estará no PIC Pampulha Iate Clube à Rua Claúdio Manoel 1185, 8°andar, Funcionários, a partir das 14 hs para conversar com jornalistas locais.

Ele vem ministrar disciplinas no VII INTERDANÇA ( http://interdanca.com/index.php) curso integral e intensivo de dança dirigido a estudantes e profissionais interessados em aperfeiçoar seus conhecimentos com a técnica, estilo e interpretação segundo os conceitos acadêmicos da dança clássica cubana, com as diversas disciplinas que integram a prática cênico-dançaria e a transmissão da experiência de trabalho de prestigiados professores e especialistas cubanos, brasileiros e norte-americanos e que escolheram entre os participantes, 04 (quatro) candidatos a bolsas de estudos no Milwaukee Ballet (EUA).

O curso tem por objetivo promover e difundir a metodologia de ensino da dança cubana, que possui elementos étnicos e expressões comuns ou afins ao bailarino latino-americano, assim como contribuir para o enriquecimento da visão do mundo da dança através do intercâmbio cultural entre os povos da América Latina e do Caribe.

O curso oferece aos participantes como experiência prática a oportunidade de se apresentar em público na montagem coreográfica do ballet do repertorio clássico tradicional “Coppelia”, Ballet completo em 3 atos para o encerramento do evento, dia 30 de janeiro, às 19h30m no Teatro Municipal Manoel Franzen, em Nova Lima.

Coppélia é o ballet cômico mais conhecido e certamente o mais apresentado, no entanto, é muito mais que uma peça engraçada. Criado quando Paris estava perdendo sua posição como capital da dança do mundo, e com a popularidade do balé estava em decadência, a estréia contou com a presença das principais figuras da sociedade parisiense.
Foi uma quebra na tristeza dos ballets românticos da época, Coppélia foi um sucesso imediato com seu humor, brilho e suas vigorosas danças nacionais.

Embora as raízes de Coppélia estivessem no ultrapassado movimento Romântico, esse ballet alcançava além, e criando uma base para o ballet clássico que ainda estava por vir.Os elementos fantásticos de Coppélia residem tão somente nas figuras mecânicas; as pessoas são muito humanas, e há um final feliz. A maior parte da trama é centralizada na figura de Dr. Coppélius. Durante décadas ele foi retratado de um feiticeiro do mal à um excêntrico, e até ridículo, homem velho. Tem sido visto tão somente, como um homem da ciência, que talvez tenha uma idéia distorcida da realidade.

Impressionado com o sucesso do ballet La Source (1866), Émile Perrin, diretor da Ópera de Paris, pediu à Charles Nuitter e Arthur Saint-Léon para que colaborassem novamente. Nuitter, arquivista da Ópera de Paris, trabalhou no libreto de Coppélia com o coreógrafo Saint-Léon. Léo Delibes, o qual também tinha composto parte da música de La Source, foi escolhido para ser o compositor.

O trabalho de Coppélia foi musicalmente avançado: as melodias eram mais líricas do que as usadas nas composições dos primeiros ballets, e Delibes compôs o tema de maneira a identificar os personagens e a atmosfera, pratica esta que se iniciou com Adam (com quem Delibes estudou) em Giselle. Apesar do sucesso e durabilidade inicial de Coppélia, o terceiro ato apresentou um problema para os coreógrafos subseqüentes: a estória de amor fica quase completa no final do 2° ato, quando Franz e Swanilda reconhecem suas respectivas bobagens. Alguns sentiram a necessidade de um grand pas de deux, o que era uma tradição clássica, para mostrar a maturidade e controle das personagens principais (embora seja desconhecido de que forma era dançado quando ambos as personagens eram mulheres); então o grand pas de deux foi inserido no contexto de uma série de divertissiments. Mas o original divertissiment do Festival do Sino foi considerado longo demais, e estranho para o enredo. As danças foram inicialmente encurtadas e mais tarde completamente cortadas. Nas produções subseqüentes foram tentadas diversas soluções, chegando inclusive a omitir por completo o 3° ato.

Foi na Rússia que o primeiro grand pas de deux com um homem dançando Franz surgiu. Curiosamente, havia um pas de deux na produção de Boston em 1887, mas não era Franz quem dançava, era o tocador de sino do festival que dançava com Swanilda, personagem que não existe mais no ballet.

APOIO : ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTI DE MINAS GERAIS
51º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO CUBANA
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