Manifestações contra o Golpe X Manifestações pró impeachment tomam as ruas do Brasil em dia de votação extraordinária na Câmara Federal
Deputados Federais fazem sessão na Câmara hoje para votar se processo de impeachment da presidente Dilma deve ser interrompido ou seguir para votação no Senado Federal enquanto povo ocupa as ruas
Foto: Lucas D´Ambrosio - Jornalistas Livres / Belo Horizonte / Minas Gerais
Por Franci Brito
Milhares de pessoas acompanhadas de uma bateria de samba saíram no início desta tarde de domingo da Praça Raul Soares rumo a concentração do NÃO VAI. TER GOLPE na Praça da Estação em Belo Horizonte. Aos gritos de "aí aí aí empurra o Cunha que ele cai" ou " você aí o Cunha vai cair" a caminhada teve várias paradas para anexar mais grupos que chegavam. Nas janelas dos prédios pessoas acompanhavam o coro e faziam sinal de positivo. No meio da multidão o deputado Rogério Correia sambava e dizia que hoje acaba essa tentativa de golpe. Segundo o deputado, a perspectiva de hoje é derrubar o Golpe e o Brasil seguir em frente com Democracia para fazer reforma política.
A votação na Câmara Federal já começou e neste momento a Praça da Estação em Belo Horizonte está completamente tomada por cerca de 9 mil pessoas, segundo os organizadores, acompanhando a votação dos 513 deputados federais que decidem hoje se a Câmara autoriza o Senado abrir um processo de destituição da presidente Dilma Rousseff. Cada voto contra o impeachment é comemorado em clima de confiança como se fosse um gol do Brasil em Copa do mundo.
Praça da Liberdade reúne poucos manifestantes que são a favor do Impeachment
Por Brenda Marques
A foto ao lado de Lucad D´Ambrosio, dos Jornalistas Livres mostra algumas imagens dessa manifestação. Durante vários dias manifestantes têm ido à praça pedir a saída da Dilma. As vassouras na mão dos manifestantes representam limpeza contra a corrupção. O que se vê, é na sua grande maioria, manifestantes contra a Dilma serem de setores mais elitistas da população. Desta forma se percebe polaridade política e também disputas desde as últimas eleições no país, já que a atual presidente Dilma Roussef ganhou por uma pequena diferença de votos nas urnas contra o seu oponente Aécio Neves. A maioria dos deputados congressistas é da oposição ao governo atual, o que gera dificuldades de aprovação de projetos e trancamento da pauta. O vice-presidente Michel Temer e seu partido PMDB, romperam com o governo e tem tomado atitudes anti-democráticas. Recentemente vazou um discurso do vice como se fosse falando de como seria o seu governo, sendo que a maneira de se tornar presidente no Brasil por vias legítimas é com as eleições diretas, que ocorrem a cada quatro anos no país.
Imprensa Golpista
Foto: Lucas D´Ambrosio - Jornalistas Livres Belo Horizonte/ Minas Gerais |
Movimentos sociais e partidos de esquerda tem questionado o papel da imprensa, principalmente da Rede Globo nesse movimento pró-impeachment da presidente Dilma, como um forma de promover um golpe midiático, incitando as pessoas a se oporem contra o governo atual por interesses específicos. A necessidade de democratização nos meios de comunicação é uma das bandeiras levantadas pelo povo que está nas ruas defendendo a democracia. No país, os meio de comunicação estão concentrados nas mãos de poucos grupos
empresariais. As empresas do Grupo Globo, que
pertencem a um único grupo empresarial são donas dos principais canais de notícias do país: de TV, rádio, jornal e revista. O que é proibido na maioria dos países que tem um marco regulatório para as comunicações. Quando a política federal investiga e divulga nomes de políticos de partidos que a emissora apoia, a notícia nem sequer é veiculada, enquanto que a ordem é implantar o ódio pelo Partido dos Trabalhadores, da presidente eleita Dilma Roussef.
Foto: Lucas D´Ambrosio - Jornalistas Livres
Belo Horizonte/ Minas Gerais
É possível acompanhar a transmissão ao vivo
da Votação do Impeachment na Câmara Federal no link:
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