Repúdio a intimidação e agressão contra jornalistas em Minas Gerais

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia as intimidações e agressões sofridas por profissionais da imprensa em Minas. Nesta semana, o repórter cinematográfico Marcelo Muriggi, da TV Alterosa em Uberaba, e o repórter Ricardo Welbert, do Jornal Agora, em Divinópolis, exerciam seu trabalho e, mesmo identificando-se como profissionais, tiveram seu trabalho cerceado.


Consideramos a intimidação, a agressão e cerceamento, atos de interferência evidente na liberdade de expressão e configuram-se atos de violência não só aos jornalistas no exercício profissional, mas também à liberdade de expressão e de informação. O objetivo destes ataques não é apenas silenciar as vítimas, mas também evitar a possibilidade de toda uma coletividade ser informada. Viola-se, assim, também o direito da sociedade como um todo.

Os casos
Marcelo Muriggi utilizou o celular para gravar imagens do resgate de um policial baleado durante uma troca de tiros, no Bairro Amoroso Costa em Uberaba. A cena foi mostrada em vídeo. O repórter cinematográfico relatou que passava pelo local da ocorrência a caminho de casa e no instinto jornalístico iniciou a gravação. Policiais o cercaram, cercearam seu direito ao trabalho e o agrediram fisicamente. O Sindicato já encaminhou ofício ao Comando Geral da Polícia Militar pedindo explicação, protestando contra a atitude dos policiais e exigindo apuração dos fatos e punição aos agressores.

O SJPMG também recebeu denúncia da intimidação sofrida pelo repórter Ricardo Welbert, do Jornal Agora, durante a cobertura da operação “Cabo de Guerra”, realizada pela Receita Estadual em uma empresa investigada pela Justiça, em Divinópolis. Ele denunciou ter sido intimidado por um representante da empresa, que tentou afastá-lo no momento em que fotografava a apreensão de documentos, mesmo após ter se identificado. O SJPMG protesta contra tal ato e toma providências para proteção do jornalista.

O Sindicato dos Jornalistas de Minas conclama a categoria a denunciar todos os atos de violência, intimidação ou ameaças praticados contra os profissionais no exercício seu trabalho, para que nenhum ato fique impune e vai encaminhá-los aos órgãos de investigação, à Fenaj e organismos de defesa dos direitos humanos. E reafirma seu compromisso com a defesa da categoria, da liberdade de expressão e de informação. 

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