Atriz peruana Q'Oriank Kilcher, na luta contra o desmatamento da Amazônia


A Atriz de Novo Mundo -Q'orianka Kilcher -que interpretou Pocahontas une-se à luta do Greenpeace , no MA, pela defesa da Amazônia

Atriz de Hollywood se junta a bloqueio

Após uma semana de protesto, Q’orianka Kilcher, intérprete de Pocahontas, ajuda a impedir navio de carregar ferro-gusa da Amazônia.
No dia em que o bloqueio do navio Clipper Hope, fundeado na baía de São Marcos, a 20 quilômetros da costa de São Luís, completou uma semana, uma nova ativista se juntou ao protesto do Greenpeace. A atriz norte-americana Q’orianka Kilcher também escalou a âncora do cargueiro para evitar o carregamento de 31,5 mil toneladas de ferro gusa proveniente da Amazônia.
Filha de índio peruano quéchua e mãe suíca, a atriz de 22 anos ganhou fama após encarnar a personagem Pocahontas no filme “O Novo Mundo” (2005). Mas sua atuação vai além dos estúdios de Hollywood. Q’orianka também é conhecida por seu ativismo ambiental e pelos Direitos Humanos, especialmente pelos direitos das populações indígenas.
“Eu acabei de vir de uma viagem à Amazônia, na região onde o ferro gusa é produzido. Vi de perto como essa produção está colocando em risco alguns povos indígenas, inclusive grupos isolados”, afirmou Q’orianka. “Precisamos defender esses povos. Eles são peça-chave na proteção das últimas reservas florestais no mundo. Preservá-los é garantir um futuro para nós mesmos”. 
Segundo Q’orianka, ela decidiu agir comovida pela participação, no bloqueio, de duas jovens ativistas brasileiras. “Estou aqui, presa a essa âncora, porque no mundo todo, jovens como nós vamos herdar os problemas que as gerações passadas deixaram para trás”, disse. “O trabalho escravo e a extração ilegal de madeira, que a gente vê em livros de história, infelizmente ainda são uma realidade no Brasil”. 
Q’orianka escalou a corrente da âncora do cargueiro Clipper Hopper por volta das 9h30. Ela fez revezamento com voluntários do Greenpeace no navio Rainbow Warrior que, desde o dia 14, se mantêm pendurados noite e dia para evitar que o cargueiro atraque no porto de Itaqui. O carregamento pertence à Viena Siderúrgica, uma das empresas apontadas pelo Greenpeace como envolvidas em irregularidades na cadeia de produção do ferro gusa.
“Q’orianka está dando um exemplo de que a defesa da Amazônia ultrapassa nossas fronteiras”, disse Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, a bordo do Rainbow Warrior. “Ela está ajudando o Greenpeace a demonstrar que, apesar da imagem positiva que nosso país vem construindo nos últimos anos, ao reduzir o desmatamento da Amazônia, muita coisa ainda precisa ser feita”,  acrescentou.  “Isso inclui o veto total, pela presidente Dilma, do novo código florestal ruralista aprovado pelo Congresso”.
A partir de uma pesquisa de dois anos, o Greenpeace identificou uma série de desrespeitos à legislação brasileira na produção de carvão vegetal usado pela indústria de ferro gusa na Amazônia. Entre os sérios problemas apontados pela organização ambientalista estão o uso, por carvoarias, de trabalhadores em situação análoga à escravidão e extração de madeira ilegal, inclusive dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Estas denúncias foram compiladas no relatório “Carvoaria Amazônia”, publicado semana passada pela organização.
Principal matéria-prima do aço, o minério de ferro se transforma em ferro gusa dentro de fornos alimentados por carvão vegetal. Parte deste carvão é proveniente de extração ilegal de madeira. O ferro gusa brasileiro é exportado, principalmente, para os Estados Unidos. Lá, ele é usado na produção de aço para, entre outros fins, a fabricação de veículos por grandes montadoras."

Fonte:Green Peace
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Quando vi o filme Novo Mundo, impressionou-me o ar de dignidade que Q'orianka Kilcher emprestou à sua personagem , Pocahontas;A  interpretação ,convincente, comovente, de alguma forma refletia suas raízes:ela é de origem quechúa, pelo lado paterno , peruana, sendo a mãe,o sueca.Seu ativismo por Direitos indígenas já é conhecido .E brota-me um poema incidental :
Batalha Ecológica 
Clevane Pessoa 
"Pocahontas" pendura-se na âncora de um navio,
une-se por desejo à menina Aliama
Ambas querem impedir o carregamento de ferro gusa
-este resultado do desmatamento despropositado,
da verde  Amazônia  .
Q'Orianka traduz o desejo,
Mais árvores e menos carros:
mais clorofila e menos poluição.
O cargueiro Clipper Hopper
é o símbolo da insensatez dos donos do poder.
Se atracar no Porto do Itaqui, na costa maranhense, 
31,5 toneladas de gusa
igual ao trabalho escravo
de tantas crianças e adultos , 
a tanto prejuízo às terras indígenas, 
serão levadas para a Viena Siderúrgica.
Mais veículos poluidores, 
menos pulmões para a floresta amazônica,
mais sofrimento individual e planetário....
O Raiboon warrior vença resitência.
A batalha traga legiões do Bem e da Ecologia!
Os voluntários, de qualquer idade, povo .classe e profissão,
sejam vitoriosos e benvindos na Baía de São marcos.
Uma corajosa menina -Elissama-e uma peruana
descendente de quechúas, de 22 anos,K'Orianka,
tenham força necessária para lograr êxito, unida aos demais voluntários.
O mar aplaude, em movimento continuo, as aves marinhas também.
O sol maranhense impele à coragem com sua luz.
E nós de longe embora, torcemos  pela vitória dos bemaventurados
e das mulheres que se unem pelo que é preciso fazer...
Belo Horizonte, 03/06/2012
Clevane Pessoa
N:Vejam neste blog, sobre Elissama.

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