Historiador analisa libertação de Ingrid Betancourt e levanta suspeitas de acordo com Uribe
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O analista internacional e historiador da Universidade Central da Venezuela, Vladimir Acosta, crê que é bastante provável ter havido uma conversação secreta entre Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, e Ingrid Betancourt, a recém-libertada ex-candidata presidencial, devido às declarações que ela deu logo depois de ser libertada, nas quais apoiou o governo e sua possível reeleição.
"Sua declaração me põe a duvidar, pois acredito que Betancourt manteve uma conversação prévia e secreta com o presidente Álvaro Uribe, que lhe permitiu apresentar seu ponto de vista absolutamente a favor do governo colombiano", disse, em texto publicado na Ancol.
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Previamente, no programa Dando y Dando, da Venezolana de Televisión, Acosta expressou que a libertação não teria acontecido sem a participação do presidente Hugo Chávez e da senadora colombiana, Piedad Córdoba, com o Plano de Intercâmbio Humanitário.
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"As FARC estavam em perfeito funcionamento, era uma guerrilha estável, ninguém poderia imaginar que este grupo pudesse experimentar uma crise como a que está vivendo, mas há que se levar em conta que teve seu ponto de partida com o Intercâmbio Humanitário", assinalou Acosta.
De igual forma, argumentou que Chávez assumiu o compromisso de liberar os retidos "confrontando diversos entraves do governo Uribe".
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Quase US$ 20 milhões foram entregues aos seqüestradores, segundo a RSR, que cita uma "fonte ligada aos acontecimentos, confiável e testada em reiteradas ocasiões nos últimos anos". A emissora acrescentou que os EUA estiveram na "origem da transação". Nos últimos anos, a Suíça atuou ao lado de Espanha e França, a pedido do presidente colombiano, Álvaro Uribe, em uma missão de mediação com as Farc.
O comandante do Exército colombiano, Mario Montoya, negou as acusações. "De maneira alguma houve qualquer tipo de colaboração", disse.
Fonte: www.vermelho.org.br
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Enviada por: Aline Castro - alinecnv@ig.com.br
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